Swissair à beira da falência
A situação da companhia aérea é muito mais grave que previsto. O governo federal tem reunião extraordinária nesta segunda-feira para decidir se participa de um plano de urgência para tentar salvar a empresa. Os dois maiores bancos do país vão emprestar 1 bilhão de francos mas não é suficiente.
Se um plano de emergência não funcionar, a Swissair não decola mais. A companhia aérea suíça já estava em situação muito delicada mas, depois dos atentados do 11 de setembro, a exemplo de outras empresas do setor, a crise se agravou.
Salários de outubro não estão garantidos
No final de semana as coisas se precipitaram. O presidente do Conselho de Administração do grupo Swissair esteve reunido, em Berna, com dois ministros e diretores dos dois maiores bancos do país.
Os bancos UBS e Crédito Suíço (CS) decidiram colocar 1 bilhão de francos suíços à disposição da Swissair, somente para as atividades aéreas. A empresa também pediu ajuda ao governo federal, que tem reunião extraordinária nesta segunda-feira, para decidir se participa ou não.
Sexta-feira, em programa da televisão suíça de língua alemã, Mario Corti afirmou que os salários de outubro do pessol do grupo Swissair não estão garantidos.
Atividades anexas seriam vendidas ou fechadas
Os dois grandes bancos colocam 1 bilhão de francos (mais de US 600 milhões) mas somente nas atividades aéreas. Os bancos consideram ser do interesse deles, e da praça financeira suíça, manter uma companhia aérea nacional.
O plano dos bancos não inclui, no entanto, as dívidas do grupo Swissair que totalizam 17 bilhões de francos. Também não inclui as atividades anexas (rede de “free shop”, gestão de aeroportos, culinária à bordo (Gate Gormet) etc. Essas empresas seriam vendidas ou teriam simplesmente decretada a falência.
As cotações da Swissair e da Crossair estão suspensas na Bolsa de Zurique. Desde janeiro, as ações da Swissair perderam 80% do valor.
swissinfo com agências
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