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Suíça reage à morte de Bin Laden

O líder da Al-Qaeda, Bin Laden em um vídeo divulgado pela Reuters em setembro de 2007. Reuters

A presidente da Suíça e ministra das Relações Exteriores, Micheline Calmy-Rey, saudou a notícia da morte do líder da Al Qaeda, Osama Bin Laden.

Por sua vez, o chefe dos serviços secretos suíços, Markus Seiler, reconheceu que a eliminação do líder terrorista pode gerar novos atentados.

“O fato de que a Al Qaeda fora decapitada é uma boa notícia”, declarou a também ministra das Relações Exteriores em reação à notícia da morte de Bin Laden, na segunda-feira.

“Osama Bin Laden e sua organização são os atores de um terrorismo cego e brutal que fez milhares e milhares de mortos”, acrescentou.

“A Suíça condena o terrorismo com o maior vigor e se felicita com as ações concretas que visam pôr fim às estruturas e ações do terrorismo internacional, da Ásia Central ao Magrebe, passando pelo Oriente Médio”, disse.

Num comunicado de imprensa divulgado segunda-feira (2), a presidente também expressou sua compaixão com as vítimas dos atos terroristas da Al Qaeda e suas famílias.

Possíveis atentados

Por seu vez, o chefe dos serviços secretos suíços, Markus Seiler, disse que a eliminação de Osama Bin Laden poderia provocar novos atentados.

Numa conferência de imprensa, Seiler acrescentou que o futuro da Al-Qaeda vai depender do sucessor de Bin Laden.

Há algum tempo, os núcleos paquistaneses e afegãos da organização terrorista parecem enfraquecidos, mas ainda existentem grupos de resistência nos países do norte da África e da Península Arábica, disse.

O líder da Al Qaeda, Osama Bin Laden, morreu no domingo em um tiroteio com as forças dos Estados Unidos no Paquistão, anunciou o presidente dos EUA, Barack Obama, pondo fim a uma busca de quase 10 anos do cérebro dos atentados do 11 de setembro de 2001.

“A justiça foi feita “, declarou Obama em uma comovente mensagem ao mundo feita da Casa Branca, confirmando a morte do chefe do grupo islamita responsável por uma série de atentados sangrentos em várias cidades do mundo.

Sua morte, confirmada por funcionários no Paquistão, é um golpe simbólico para a Al-Qaeda, que tem sido reprimida, mas ainda representa uma ameaça em vários países.

Bin Laden estava foragido desde 2001 quando conseguiu escapar ao exército americano e às milícias afegãs em uma operação nas montanhas de Tora Bora.

A pista havia sido perdida logo após o desaparecimento de Bin Laden, mas muitos oficiais de inteligência americanos acreditavam que ele estaria escondido no Paquistão.

De seu esconderijo, Bin Laden enviou mensagens ameaçando o Ocidente através de gravações em vídeo.

Além dos ataques de 11 de setembro de 2001, Washington ainda acredita que Osama Bin Laden estava por trás do bombardeio das embaixadas dos EUA no Quênia e na Tanzânia em 1998 e do ataque no Iêmen contra o navio de guerra USS Cole, em 2000.

Osama Bin Laden, líder da rede Al Qaeda era o homem mais procurado do mundo desde os ataques de 11 de Setembro de 2001.

Nascido por volta de 1957, em Riade, filho de uma família rica.

Estudou Engenharia Civil e Administração na Universidade King Abdul Aziz, em Jeddah, e em 1973 se liga a grupos islâmicos.

Após a invasão soviética do Afeganistão, em 1979, organizou neste país o apoio logístico aos mujahideen afegãos.

Em seguida, estabeleceu-se em Peshawar, base da guerrilha anti soviética no Paquistão, onde conheceu seu futuro mentor, o palestino Abdullah Azzam, um dos principais organizadores da resistência anti soviética.

Bin Laden se encontra com voluntários árabes e cria um banco de dados que se transformará ao longo dos anos na organização Al Qaeda (“A base”), com o objetivo de lançar as Brigadas Internacionais Islâmicas”.

Bin Laden lutou contra os soviéticos com a ajuda da CIA, o serviço secreto americano, que o financiavam através dos serviços secretos paquistaneses.

Após a eclosão da Guerra do Golfo em janeiro de 1991, Bin Laden declara guerra santa contra os Estados Unidos por terem ocupado sua terra natal.

Em 1992, volta para seu país, mas seu passaporte é retido por Riade. Se estabelece em seguida no Sudão.

Em 1996 se muda para o Afeganistão e organiza campos de treinamento para terroristas.

Entre os ataques mais espetaculares, o 11 de setembro de 2001 contra o World Trade Center em Nova York e o Pentágono, causando mais de 3 mil mortos.

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