Suíça e EUA cooperam contra Al-Qaïda

Valentin Roschacher, procurador geral da Suíça. Keystone Archive

Os dois países assinaram acordo de cooperação policial e judicial. O objetivo é intensificar a troca de informações na luta contra o terrorismo.

US 15 milhões de dólares estão bloqueados na Suíça depois dos atentados do 11 de setembro.

Depois de meses de negociação, o acordo entre os dois paises foi assinado em Washington pelo procurador geral da Suíça, Valentin Roschacher e pelo seu homólogo John Ashcroft.

Diferenças entre os dois países

Os dois governos definiram o acordo como “de trabalho a nível operacional”.
Concretamente, serão criados grupos de policiais e juízes suíços e americanos, em Berna e Washington, que trabalharão em inquéritos ligados aos atentados nos EUA.

O acordo limita-se, pelo menos por enquanto, às investigações sobre a organização Al-Qäida, supostamente autora dos atentados do 11 de setembro, mas poderá extender-se à outros grupos que estejam eventualmente envolvidos com a rede de Bin Laden.

Críticas

O interesse específico dos dois países é combater o financiamento ao terrorismo. Cerca de 900 investigações estão abertas e foram bloqueadas contas num total de US 15 milhões de dólares na Suíça.

A cooperação entre a Suíça e os EUA, no entanto, pode encontrar dificuldades devido diferenças nas partes procedurais dos dois países.

Organizações de defesa dos direitos humanos tem criticado abertamente os Estados Unidos na luta contra o terrorismo. O procurador suíço afirma que o acordo assinado com Washington garante o respeito das leis suíças.

“Se constatarmos que as informações dos EUA forem obtidas com meios que consideramos ilegais, não as utilizaremos”, conclui o procurador suíço.

swissinfo com agências.