Cern para cortar os laços de pesquisa com a Rússia e Belarus

Os cientistas russos e bielorussos serão excluídos da pesquisa das leis do universo no CERN. © Keystone / Laurent Gillieron

A Organização Européia de Pesquisa Nuclear (Cern), localizada na fronteira franco-suíça perto de Genebra, decidiuLink externo pôr fim a todos os acordos de cooperação com a Rússia e Bielorússia quando expirarem em 2024 sobre seus papéis na guerra na Ucrânia.

O Conselho Cern comunicou sua decisão na sexta-feira, após anteriormente suspender os laços com a Rússia e Bielorússia em março.

Em uma reunião na quinta-feira, o Conselho “lembrou que os valores centrais da organização sempre se basearam na colaboração científica através das fronteiras como um motor para a paz e enfatizou que a agressão de um país contra outro é contrária a estes valores”, declarou.

Cern disse que não renovará os acordos existentes com Belarus e Rússia que expiram em junho e dezembro de 2024, respectivamente.

“Entretanto, a situação continuará a ser cuidadosamente monitorada e o Conselho está pronto para tomar qualquer outra decisão à luz dos acontecimentos na Ucrânia”.

Os acordos de cooperação da Cern duram cinco anos e são automaticamente renovados, a menos que uma das partes indique o contrário.

De acordo com a agência de notícias Reuters, cerca de 7% dos 18.000 pesquisadores do CERN de todo o mundo estavam ligados a instituições russas antes do início da guerra da Ucrânia, em 24 de fevereiro.

O Large Hadron Collider de 27 quilômetros de Cern, o maior acelerador de partículas do mundo que esmaga prótons para encontrar pistas sobre as origens do universo, foi reiniciado em abril após dois anos de trabalho de manutenção.