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Universidade de St.Gallen comemora um ano no Brasil

Estudantes assistem preleção no auditório "Audimax", na Universidade de St.Gallen Keystone

No dia 23 de junho, se completará um ano que a Universidade de St.Gallen (HSG) abriu em São Paulo seu primeiro escritório de representação na América Latina.

Em entrevista exclusiva à swissinfo.ch, a representante da HSG no Brasil, Angélica Rotondaro, faz um balanço desses doze meses de atividade no país.

Parte de um programa que tem como objetivo a internacionalização da marca da HSG, o escritório paulista assumiu tarefas importantes, como a organização de intercâmbios entre estudantes suíços e brasileiros, o acompanhamento das empresas criadas na região por ex-alunos e o incentivo à inserção de profissionais suíços nas empresas latino-americanas através de um Laboratório Cooperativo.

Em entrevista exclusiva à swissinfo.ch, a representante da HSG no Brasil, Angélica Rotondaro, faz um balanço desses doze meses de atividade no país:

swissinfo.ch: Qual a avaliação da direção da HSG sobre o trabalho desenvolvido até aqui pelo escritório de representação no Brasil? O objetivo de internacionalizar a instituição está sendo alcançado?

A.R.: Acredito que sim. Hoje há mais alunos na Suíça interessados em fazer um intercâmbio de estudos ou um traineeshipno Brasil e há mais brasileiros interessados em continuar seus estudos na Suíça. Temos também três programas de MBA que realizam parte de suas aulas em São Paulo e Buenos Aires. E o Português Brasileiro passou a fazer parte da oferta de cursos que valem créditos nas aulas de context studies. Isso no campus da Universidade em St.Gallen.

swissinfo.ch: Quantas são e como estão as parcerias com as universidades brasileiras? Qual o número de intercâmbios realizados atualmente?

A.R.: A Universidade de St.Gallen tem parceria com três instituições no Brasil: A Escola de Administração de Empresas de São Paulo / Fundação Getúlio Vargas (EAESP-FGV), o Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper) e a Faculdade de Administração, Economia e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP). O fluxo médio de intercambistas é de 30 alunos por ano, isso em cada direção, ou seja, tanto indo para St.Gallen como vindo para o Brasil.

swissinfio.ch: Em que fase se encontra o Laboratório Cooperativo? Qual a avaliação sobre o processo de inserção de alunos da HSG em empresas da região?

A.R.: O Laboratório Cooperativo é uma plataforma de match-makingentre alunos e PMEs (Pequenas e Medias Empresas) na região, com o intuito de se desenvolver projetos claros, hands-on, que adicionem valor às empresas e que sejam uma complementação pratica aos estudos do aluno. Durante o período em que o aluno esta no país e na empresa, ele conta com o apoio de um colega ex-aluno da Universidade de St.Gallen, que já esteja baseado e tenha experiência no país em questão. Ele atua como um mentor para os aspectos interculturais e como uma ponte entre a academia e a prática.

No momento temos uma posição em aberto em Santiago do Chile, na Câmara de Comércio Suizo-Chilena. Será um traineeshipde 8 meses e o aluno ou aluna desenvolverá o plano de stand conjunto na feira Expomin. Também estamos desenvolvendo posições na Costa Rica. Além, é claro, de mais algumas posições no Brasil.

swissinfo.ch: A HSG acompanha o desenvolvimento de empresas criadas por seus ex-alunos no Brasil e nos demais países da América do Sul? De que forma isso acontece?

A.R.: Sabemos do andamento das atividades empreendedoras de nossos ex-alunos na região por intermédio dos Alumni groups. No Brasil há aproximadamente 50 associados. É um grupo relativamente grande, posto que são ex-alunos de uma universidade suíça. E muito unidos. No Chile, o grupo se formou recentemente. Na Argentina, já esta bem estabelecido. E assim seguimos nos reunindo e trocando informações.

 swissinfo.ch: A Suíça apontou o Brasil como um parceiro prioritário em termos de cooperação científica. Qual sua avaliação sobre esse processo de aproximação entre os dos países até agora e qual o papel que a HSG pode desempenhar para aprofundá-lo?

A.R.: As cooperações têm sido mais na área de cursos técnicos e nas áreas de engenharia. Pretendo conversar com o Ministério da Educação do Brasil para encontrarmos uma maneira de ampliar as cooperações e bolsas de estudo para as áreas de Gestão, Relações Internacionais, Turismo e Direito.

swissinfo.ch: Quais sãos os planos futuros para a HSG no Brasil e na América Latina?

A.R.: O primeiro é iniciar o desenvolvimento de pesquisas aplicadas junto a empresas, seguindo a linha de vários outros grupos de estudos que já existem na Suíça. Um exemplo é um grupo de grandes empresas automobilísticas que, por meio de um grupo de estudos na HSG, desenvolvem propostas de inovação no segmento. O segundo é estimular os cursos de curta duração como, por exemplo, os Summer Studies, em conjunto com as universidades parceiras. Também queremos intensificar programas de treinamento para SMEs. Um exemplo seria um projeto de aulas de finanças básicas e de inovação em uma associação de cafés orgânicos no Mato Grosso do Sul. E há também a intensificação das relações de parceria com outras universidades parceiras na região.

Entre os dias 8 e 19 de maio, uma comitiva formada por 40 alunos da Universidade de St.Gallen (HSG) esteve no Brasil e na Argentina para uma série de encontros e palestras com profissionais de diversos setores empresariais e acadêmicos. A viagem, que faz parte do programa do curso de MBA Executivo, incluiu visitas às empresas Natura e ThyssenKrupp e ao Comitê Organizador Local das Olimpíadas de 2016, além de conversas com estudantes e professores em universidades em São Paulo, Rio de Janeiro e Buenos Aires.

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