Parlamento suíço rejeita direito de voto para estrangeiros

O Parlamento descartou uma nova tentativa de deixar os estrangeiros participarem das votações e eleições. Keystone/Peter Klaunzer

O Parlamento rejeitou duas propostas para conceder aos residentes estrangeiros na Suíça o pleno direito de voto.

A Câmara dos Deputados votou contra um projeto do Partido Verde que abre o caminho para os estrangeiros que vivem na Suíça há pelo menos cinco anos o direito de participar de votações e eleições e ser eleito para o cargo em nível nacional.

Uma clara maioria da Câmara também rejeitou uma proposta separada de um parlamentar socialista, Mustafa Atici, para conceder plenos direitos políticos em nível local.

A decisão da terça-feira bloqueou uma nova tentativa da esquerda política de redigir um projeto de lei, desde que o Senado, a outra câmara parlamentar, também concordasse com as propostas.

Os proponentes argumentaram que era um passo para tornar a sociedade suíça mais democrática e mais inclusiva, uma vez que mais de 20% da população residente atualmente não pode participar do sistema democrático direto do país.

Eles também disseram que os exemplos de Neuchâtel e Fribourg – dois dos 26 cantões da Suíça – eram modelos a serem seguidos por outros.

Entretanto, os opositores disseram que os residentes estrangeiros deveriam buscar primeiro a cidadania suíça antes de receberem o direito de voto e que os cantões e municípios deveriam permanecer livres para decidir por si mesmos.