"Marighella": O ator Bruno Gagliasso interpreta o delegado Lúcio, figura inspirada no delegado Sergio Paranhos Fleury, uma das faces mais célebres da repressão durante a ditadura militar.
Ariela Bueno
O cantor Seu Jorge encarna Marighella. Segundo a produtora do filme, Andrea Barata Ribeiro, "o filme não teve a intenção de contar toda a história de Marighella. Wagner Moura e o roteirista Felipe Braga, escolheram um recorte na história."
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"Amazônia S/A": O filme é sobre a união de indígenas e seringueiros frente à máfia do roubo de terras na Amazônia. "O discurso dominante usa muito essa falta de governança pra dizer que não há opção, mas há possibilidade de renda sem extrativismo ou por agricultura familiar. Na verdade, tanto o extrativismo como o a agricultura, pelo manejo, deveriam ser parte da solução, mas de fato elas são praticadas de modo ilegal", comenta o diretor Estevão Ciavatta.
Pindorama Filmes
O documentário acompanha o trabalho dos Mundurukus de demarcar suas próprias terras e defendê-las de grileiros. "Faz tempo que não temos uma safra tão forte e significativa de filmes. E precisamos mesmo botar a cara. O pior não é ter um governo do qual você não compartilha as ideias, como é este aí, mas ter um governo que tenta de todas maneiras sufocar quem não pensa igual a ele. Mal ou bem, em todos os governos desde o fim da ditadura, fazia-se críticas e elas eram aceitadas ou rebatidas, ou ignoradas. Até D. Pedro II aceitava que se falasse mal dele."
Pindorama Filmes
"Pastor Claudio" (2017), de Beth Formaggini: o documentário é uma conversa entre o bispo evangélico Claudio Guerra, ex-chefe da polícia civil que assassinou e incinerou militantes que se opunham à ditadura, e Eduardo Passos, psicólogo militante dos direitos humanos. Suas motivações variam entre o orgulho em ser um cumpridor de ordens competente, um servo leal da luta contra o comunismo, o prazer de ser temido e o amor ao poder e ao dinheiro. Ora é um cristão arrependido ora um assassino orgulhoso de seu trabalho.
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"Gilda Brasileiro - Contra o esquecimento", de Roberto Manhães Reis e Viola Scheuerer, mostra o quanto da história da escravidão e seus efeitos ainda precisa ser pesquisado para entendermos o quadro social atual do Brasil.
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"Estou me guardando para quando o carnaval chegar" (2019), de Marcelo Gomes, é um documentário mais leve que os outros filmes do festival, mas não menos revelador. O filme acompanha o cotidiano dos habitantes da cidade de Toritama, onde mais de 20 milhões de jeans são produzidos por ano em fábricas de fundo de quintal, e como esse cotidiano é invertido com a chegada do carnaval.
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