Cineastas suíços levam o mar a Portugal
Dezesseis filmes suíços, tendo como temática o mar, são apresentados de 10 de janeiro a 18 de abril em 7 cidades portuguesas. "Sonhando com o mar" é uma tournée montada pela Fundação Pro Helvetia.
Em colaboração com cinematecas e cineclubes portugueses, Pro Helvetia – organismo do governo suíço que se ocupa de cultura – reuniu esses 16 filmes que incluem documentários e obras de ficção, curtas, médias e longas metragens.
O “personagem” principal é o mar. E Portugal desempenha papel importante, servindo freqüentemente de palco para início do enredo.
Sete cidades em 3 meses
As 16 obras a serem projetadas cobrem um período que vai de 1962 a 2000. Se não existe algo comum entre os filmes, é, de fato, a temática que os unifica. Os suíços, que vivem bastante confinados pelas montanhas, têm certo fascínio pela vastidão do mar, um convite à evasão, à aventura, ao desconhecido.
Em um dos textos de apresentação da tournée, Walter Ruggle, lembra revolta juvenil na Suíça nos anos 80, “contra a cultura da alta burguesia”. Na época uma reivindicação chamou a atenção: “que se arrasem os Alpes para que se veja o mar” (Mediterrâneo). Era uma maneira de traduzir esse desejo de ultrapassar os limites estreitos do horizonte suíço.
As 7 cidades do roteiro
Em seu site, Pro Helvetia apresenta o calendário da programação, lista dos filmes e textos relacionados com o evento, como o do conhecido escritor Hugo Loetscher traçando um paralelismo entre “a saudade portuguesa e a nostalgia suíça”.
Entre as obras projetadas em Lisboa, Porto, Espinho, Telões, Covilhã, Viseu e Aveiro, vale destacar “Dans la ville blanche” (na cidade branca) de Alain Tanner, lançado em 1983 (107 min), que recebeu no ano seguinte, na França, um César na categoria “filme francófono”.
O filme conta a história de um marinheiro que deserta do barco quando de uma escala em Lisboa. O mesmo Tanner assina “Les Hommes du port” (os homens do porto), de 1995, também no roteiro.
Mencionem-se ainda “Hors saison (fora de estação) (1992), de Daniel Schmid, Piano Panier (1989), de Patrícia Plattner , “Clandestins (clandestinos, de 1997) de Nicolas Wadimoff e Denis Chouinard, e “Vollmond” (lua cheia, de 1998) de Fredi Murer.
swissinfo com agências.
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