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Brasil e Portugal no Festival de Locarno

A nova diretora, Irene Bignardi, qualifica o festival de "divertido, livre e original" Irene Bignardi, the festival's new director, has chosen films from all over the world for the Locarno line-up

Festival Internacional de Filmes de Locarno, no sul da Suíça, revelou na quarta-feira, 18/7, o programa para a edição deste ano, de 2 a 12 de agosto. 19 filmes concorrem a um Leopardo, inclusive 1 do Brasil. Portugal concorre na seção de vídeos. O festival - o mais antigo da Europa e um dos 5 maiores do mundo - tem como uma das características, especial, projeções ao livre na Piazza Grande, num telão de 26 x 14 m.

A produção cinematográfica da França e Itália predominam na competição deste ano, a de n° 54, com respectivamente 4 e três filmes. (Estados Unidos, Alemanha e Suíça têm 2. E com apenas 1, a Coréia do Sul, índia, Hong Kong, Grã-Bretanha e Brasil).

O Brasil concorre com « Bicho de Sete Cabeças », de Laís Bodansky, em que contribuiu para o financiamento o ex-diretor do festival (Marco Müller). O filme denuncia as condições de um manicômio, com base numa história real, esclareceu a nova diretora, Irene Bignardi.

« Bicho de Sete Cabeças » , a primeira realização de Bodansky, será apresentado em « première » internacional, como 3 outros concorrentes. Os 15 restantes serão apresentados pela primeira vez no mundo (“première mondiale”).

Irene Bignardi defende conceito do festival

A esse respeito, o Festival reivindica um conceito próprio, um « estilo Locarno », que « faz da pesquisa, das descobertas e da originalidade sua razão de ser ». Segundo destaca a nova diretora do evento, Irene Bignardi, Locarno procura desenvolver um festival « aberto e inventivo, capaz de dialogar com a Terra inteira, a partir do estado do Ticino (onde se encontra a cidade), no coração da Europa”.

O mundo de língua portuguesa e a América Latina estão mal representados nessa edição 2001. Na competição de vt (videoteipe) – que apresenta principalmetne uma reflexão sobre o cinema e leva um título sugestivo de “Cineastas do Presente” – Portugal concorre com “Antes de amanhã”, de Saguenail, obra de 30min, e o Brasil com “Glauces, Estudo de um Rosto, de Joel Pizzini, 35min. A Argentina traz “Naikor”, de Pablo Trapero, 45min.

Homenagem especial ao chinês Chen Kaige

E como vem ocorrendo há 10 anos, Locarno recompensará com um Leopardo especial, um diretor pela sua carreita. O contemplado este ano será o cineasta chinês, Chen Kaige. Entre os honrados anteriores, figuram o suíço Jean-Luc Godard, Paul Verhoeven (“Basic Instict”), norte-americano,de origem holandesa, e o português Manoel de Oliveira.

A edição deste ano não vai esquecer “dois aniversários prestigiosos”, os 50 anos de “Cahiers du Cinéma”, a mais antiga e mais prestigiosa revista cinematográfica francesa, e os 20 anos de “Sundance Institute” , apontada como “a mais rica manifestação cinematográfica norte-americana”.

Vale destacar ainda que nenhum filme em competição para o Leopardo de Ouro será projetado este ano na Piazza Grande, a céu aberto. Seria para “dar a mesma chance a todos”. Os organizadores querem também manter todas as 19 projeções na praça, a não ser em caso de tempestade mesmo.

J.Gabriel Barbosa

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