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Doações humanitárias bateram recorde em 2005

O imenso choque causado pelo tsunami no sudeste asiático explica o recorde de doações. Keystone Archive

Os suíços foram mais generosos que nunca nas coletas humanitárias. No ano passado, foram arrecadados 1,34 bilhão de francos suíços em benefício de vítimas de catástrofes.

O tsunami de dezembro de 2004 e as intempéries do verão passado na Suíça explicam essa grande solidariedade.

Segundo sondagem realizada pelo Instituto GFS, de Zurique, junto a 1.500 pessoas, 81% dos suíços fizeram doações para causas humanitárias no ano passado.

Desde a primeira pesquisa desse tipo feita em 1997, nunca havia sido registrado um número tão significativo de doações. Mesmo os jovens e as pessoas de formação superior, que doavam menos nos últimos anos, participaram em 2005.

Em 2004, a porcentagem de doadores fora de 63% da população, para um montante total de 820 milhões. Esses números foram mais ou menos constantes desde ano 2000, quando ocorreu a catástrofe de Gondo, no cantão do Valais (região sudeste)

Suíços-alemães mais generosos

Em 2005, a população da Suíça de expressão alemã foi mais generosa, com uma média de 763 francos por pessoa. Na Suíça de língua francesa, a média foi de 261 francos por pessoa.

A intensa cobertura das catástrofes naturais pela mídia teve um papel determinante na sensibilização dos doadores, em particular da Rede da Bondade, orgão de doações da Rádio e Televisão Suíça (SSR-SRG idée suisse).

Além das catástrofes na Suíça e no estrangeiro, os suíços também doaram mais para lutar contra a fome no mundo. O Instituto GFS explica o fenômeno pelos apelos para que não se esquecesse das vítimas da seca e da fome na África.

As doações diminuíram para os deficientes, para o meio ambiente e para os animais.

Tendência para 2006

Para este ano, GFS espera uma redução das doações e du número de doadores. De fato, muitas pessoas participam das campanhas esporadicamente e não são doadoras regulares.

O Instituto de Zurique realça que a controvérsia acerca dos custos administrativos das organizações humanitárias é uma questão marginal para os doadores. Para eles, o que mais importante é o caráter sério da organização e a área em que atuam.

swissinfo com agências

Em 2005, os suíços doaram um total de 1,34 bilhão de francos nas coletas humanitárias.
Esse número é quase idêntico ao do orçamento da DDC, agência pública de cooperação e desenvolvimento (1,3 bilhão).

– A Rede da Bondade é o órgão de coleta de doações da Rádio e Televisão suíça.

– Ela trabalha com cerca de 30 ongs humanitárias privadas ativas no socorro às vítimas de catástrofes naturais, escolhidas segundo critérios estritos de seriedade e eficiência.

– O governo federal distruibui ajuda humanitária e de cooperação ao desenvolvimento através da Direção de Desenvolvimento e Cooperação (DDC) e da Secretaria Federal de Economia (SECO).

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