Última chance de salvar Swissair

É hora do tudo ou nada. Mas o custo do resgate é alto Keystone

Esperada nesta 2a.-feira decisão definitiva sobre plano de salvação de Swissair pela Crossair com retomada de 2/3 dos vôos intercontinentais. Montante da fatura: 4,5 bilhões de francos pagos pelo governo e o setor privado, envolvidos numa maratona de negociações no fim de semana

Esse plano – o mais ambicioso – prevê manutenção de 26 longas rotas e 26 curtas, com utilização de 134 aeronaves, incluindo as 82 da Crossair – a mais importante empresa aérea regional européia. Seriam mantidos 112 destinos internacionais para 59 países, incluindo o Brasil (São Paulo e Rio de Janeiro).

Um investimento de 4.5 bi

Para o governo o que está em jogo é o interesse geral do país. Mas o preço a pagar é alto e o problema é determinar com quanto cada lado deve contribuir.

Um dos cenários previstos é que o Governo entraria com 2 bilhões de francos, ou seja, 1 bilhão para continuação dos vôos longos de Swissair até fim de março e algumas centenas de milhões, dos 940 milhões necessários, para decolagem da nova Crossair. Essa soma se acrescentaria aos 450 milhões do erário público, liberados no início do mês.

Cantões participam

Caberia ao setor privado garantir o aumento do capital-ações, a ser elevado a 2.3 bilhões. Três Cantões, Zurique, Genebra e Basiléia (onde se encontram os aeroportos internacionais do país) também participariam no plano, financiando as atividades anexas ao tráfego aéreo.

O sentimento dos que negociaram, no fim de semana, seria ter chegado a “hora do tudo ou nada”: ou o plano é aceito, ou Crossair permanece o que é (simples empresa regiona), e Swissair nada deixa como herança.

Com aprovação do “business plan”, suprimem-se 9.400 empregos (4.100 na Suíça). Caso contrário são dezenas de milhares de empregos perdidos.

Segundo sondagem publicada no domingo 21/10, 61% dos suíços são em favor de apoio do governo à nova Crossair. Apenas 23% aprovam ajuda superior a 1 bilhão de francos (US$610 milhões). E 33% são contra intervenção estatal.

A decisão, definitiva, do governo é esperada nesta segunda-feira, por volta de meio-dia, hora local (GMT +2).

Swissinfo com agências.