826 milhões de pessoas passam fome, afirma ONU
A cifra é da FAO, organização da ONU para alimentação, em relatório divulgado segunda-feira, dia mundial da alimentação. O maior número de famintos está na Ásia mas a situação mais grave é a do continente africano, a começar por Moçambique.
“A ausência de progressos na erradicação da fome evidencia a urgência de uma ação imediata, eficaz e decisiva”, afirma o relatório SOF 200, “situação da insegurança alimentar no mundo”, divulgado segunda-feira pela FAO, Fundo das Nações Unidas para a Alimentação.
826 milhões de pessoas sofrem de subalimentação crônica no mundo, ou seja, passam fome. 34 milhões dessas pessoas vivem em países em transição, principalmente na ex-União Soviética, segundo o relatório divulgado no dia mundial da alimentação.
A FAO reconhece que o objetivo fixado em 1996 (reduzir a fome pela metade até 2015) não será atingido “a menos que sejam feitos esforços extraordinários”. Na situação atual, o objetivo só seria atingido em 2030 mas “os famintos não podem esperar outros 15 anos”, afirma a organização.
No total, 24 países têm “graves dificuldades” alimentar a população. São citados, pela ordem de gravidade, Moçambique, Somália, Haiti, Afeganistão, Chade, Burundi, Niger, Mongólia, Coréia do Norte e Etiópia. O relatório afirma também que as mulheres são mais atingidas pela fome que os homens.
Para a FAO, há 4 condições para erradicar a fome no mundo: estabilidade política, investimentos maiores para reduzir a pobreza, apoio ao crescimento econômico e pesquisa agrícola voltada para melhorar os produtos básicos.
swissinfo com agências.
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