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A swiss connection de Berezovski

Berezovski, primeiro bilionário russo, trabalhava com 2 empresas na Suíça swissinfo.ch

No livro "Godfather of the Kremlin", traduzido em francês, Paul Klebnikov, jornalista de Forbes, estabelece paralelo entre Bóris Berezóvski e o saque da Rússia. Diz que o dinheiro passava por Lausanne.

Norte-americano de origem russa, Paul Klebnikov não tem papas na língua quando descreve as torpezas do ex-intendente do Kremlin, que é igualmente o primeiro bilionário da Rússia.

Matemático de talento, Bóris Berezóvski fiscalizava a maior fábrica de automóveis e uma das grandes empresas de petróleo russas, bem como a companhia nacional de aviação, Aeroflot, antes de cair em desgraça em 1999.

“O essencial dos rendimentos em divisas estrangeiras da companhia passava pelo crivo de duas empresas suíças desconhecidas: Andava e Forus, conta Paul Klebnikov. E o jornalista norte-americano acrescenta que um dos proprietários dessas duas empresas, em parceria com Berezovski, era “Nikolai Gluchkov, diretor financeiro da Aeroflot”.

Revelações inéditas

A história é parcialmente conhecida. A justiça suíça realizou longas investigações sobre essas misteriorsas empresas. Mas no seu livro “Godfather of the Kremlin” (padrinho do Kremlin), Paul Klebnikov faz revelações inéditas.

Ele explica por exemplo, como Forus não conseguiu um empréstimo de 100 milhões de dólares do Banco italiano Import-Export. Descreve também o ambiente reinante nos escritórios da empresa: “Eles tratavam de negócios numa sala completamente vazia, escreve o jornalista. Era um local bonito, mas vazio. Não havia nada, fora dos móveis – mesas e cadeiras.

Empresa André participou da criação de Forus

É pena que Paul Klebnikov não tenha analisado as verdadeiras motivações de André, ex-gigante suíço de matérias-primas. De fato, André participou em 13 de janeiro de 1992 da criação de Forus, ao lado de Boris Berezovski e de Nikolai Gluchkov.

Mas talvez em 1992 o padrinho do Kremlin não se apresentasse ainda como era, uma pessoa que alimentava escândalos. Em particular no famoso caso do “Kremlingate” (subornos de empresas que conseguiram contratos para renovar o Kremlin).

Ian Hamel

Tradução francesa de Godfather of the Kremlin: Boris Berezovsky and the Looting of Russia (New York: Harcourt Brace, 2000), 400 p. : « Parrain du Kremlin, Boris Berezovski et le pillage de la Russie”, por Paul Klebnikov. Editora Robert Laffont, 439 pages.

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