Adiada privatização de Swisscom
O governo suíço abandonou pacote ligando privatização de Swisscom à criação de um banco postal. Correios e Swisscom ficam como antes.
A decisão deixa em suspenso a intenção do governo de liberalizar os Correios e Swisscom, setor em que detém 65 por cento do capital.
A idéia era aplicar o dinheiro de Swisscom – de que controla 65% das ações – na criação de um banco postal.
Oposição forte da direita
O banco implicava liberalização dos Correios. Projeto que tinha apoio da esquerda e rejeição total dos meios de direita.
Uma verdadeira privatização dos serviços postais enfrenta oposição popular muito grande. Até porque as zonas periféricas e todas as agências não-rentáveis podiam ser fechadas.
Jogada
O projeto de associar privatização de Swisscom à criação do banco postal foi uma jogada do ministro das Comunicações, Moritz Leuenberger. Nos últimos meses, o apetite dos que queriam privatizar Swisscom era muito grande… Com a proposta, o apetite sumiu.
Quem era contra o projeto, utilizou para bombardeá-lo argumentos de que os bancos funcionam bem, falta de gente suficiente e capacitada para assumir a tarefa. e ainda o risco de subvenção entre banco postal e correios.
Mas a questão voltará à berlinda. O governo não tem pressa. O fenômeno de concentração no setor de comunicações diminuiu, portanto o governo sofre menos pressão. Resta que ele pretende lançar no ano que vem novo projeto sobre a evolução do mercado postal, com provável destaque para uma reorganização das agências de correios. Um problema delicado.
swissinfo com agências.
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