Bancos estaduais em situação difícil

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Com a função de estimular o desenvolvimento econômico de suas regiões, os bancos cantonais vão bem quando a economia vai bem e enfrentam dificuldades quando as empresa não podem reembolsar seus créditos.

Conhecida por seus grandes bancos, a praça financeira suíça tem também uma rede de 24 instituições menores, porém muito populares, voltadas para atividades em seus próprios estados.

Crises se sucedem

Esses bancos estaduais (cantonais como são chamados aqui) têm por função promover o desenvolvimento econômico de suas regiões, através de financiamento e prestação de serviços principalmente às pequenas e médias empresas.

Os estados detém parte do capital desses bancos mas nem sempre são majoritários. Periodicamente, eclodem crises nesses bancos cantonais como é o caso atualmente do Banco Cantonal de Vaud (oeste da Suíça), um dos maiores bancos estaduais do país.

Para aumentar sua garantia de crédito, o BCV deve aumentar seu capital de 600 milhões de francos (US 366 milhões) e o estado (com o orçamento mais deficitário da Suíça) vai entrar com a metade, pois detém 51% do capital da BCV.

Diversificação de serviços

Outros bancos estaduais já tiveram problemas semelhantes: Appenzell, Berna, Genebra, Jura e Valais, por exemplo. No estado de Soleure, o Banco Estadual foi comprado por um banco privado, anos atrás.

Em época de conjuntura favorável, poucos problemas aparecem. Quando a economia estgna como é a tendência atual, as empresas começam a ter dificuldade em reembolsar seus créditos e as crises aparecem.

Daí diversificação de serviços dessas instituições que vem ocorrendo nos últimos anos, tornando-os similares aos bancos privados. Juntos, os bancos cantonais têm 900 agências no país (30% do mercado) e afirmam que, pela proximidade, conhecem a clientela melhor que ninguém.


swissinfo com agências