
Briga entre euro e dólar é pra valer

Primeiro de Janeiro de 2002 torna-se data histórica com a introdução generalizada do euro em 12 dos 15 países europeus. Mas qual será seu peso em relação ao dólar?
Em relação à moeda norte-americana, a OCDE – Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico – o euro devia valer 15% a mais que atualmente, lembra o jornal Le Temps de Genebra. E segundo o FMI, o valor da nova moeda devia ser 38% superior.
A conclusão de especialistas financeiros é de que o euro possa valorizar-se, depois de ter perdido quase um quarto do valor desde que foi lançado há três anos, unicamente então para operações financeiras. O que se pode questionar é se a moeda européia – que agora chega ao bolso de mais de 300 milhões de pessoas – eventualmente dinamizando a economia da Eurolândia, terá condições de concorrer com o dólar norte-americano.
O Le Temps estima que “o vigor do dólar não estaria unicamente relacionado com o dinamismo além-atlântico”, realçando que “fuga de capitais da Europa para os Estados Unidos, onde são mais rentáveis” é responsável pela alta “estrastoférica” do dólar.
Mas aponta também outra razão da força da moeda norte-americana: o fato de monopolizar as transações de matérias-primas. Pelo menos por enquanto, o euro não vai destroná-lo nesse setor.
Resta que a economia da União Européia totaliza 16% do PIB mundial (6.553 trilhões de euros, em 2000). À frente do Japão (5.145). Mas os Estados Unidos lideram com 10.709 trilhões de euros).
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