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Crossair retoma transporte aéreo da falida Swissair

Plano de emergência fracassou Keystone Archive

A empresa aérea Crossair, do Grupo Swissair, vai retomar a maior parte do setor aéreo do grupo, que pediu concordata, na 2a-feira 1°/10. Os dois principais bancos suíços, UBS e Credit Suisse, decidiram comprar os 70% do capital detido pela Swissair na subsidiária. Quase 2.600 empregos serão suprimidos, só nas atividades aéreas... A falência do grupo pode arrastar a belga Sabena ao abismo...

Crossair fica com 2/3 dos vôos

O controle do setor aéreo de Swissair pela Crossair deve concretizar-se até dia 28, segundo indicou o demissionário presidente do conselho de administração de Swissair, Mario Corti, em coletiva à imprensa. Crossair deve retomar dois terços dos vôos no sentido de criar, segundo Corti, “uma empresa aérea suíça competitiva e de envergadura mundial”.

Esta foi a solução que alguns observadores consideraram “a menos ruim”. Mas revela que a situação era mais grave do que previsto e que não funcionou plano de emergência destinado a salvar o grupo.

A redução das rotas e da frota de Swissair implica corte de 2.560 empregos, dos quais 1750 na Suíça. Para outras empresas do grupo, como Gate Gourmet (refeição a bordo) e a rede de “Nuance Group” (duty free,lojas nos aeroportos de artigos isentos de alfândega), o pedido de concordada será feito na terça-feira, 2/10.

Bancos financiam operação financeira

Credit Suisse e UBS vão pagar 260 milhões de francos (US$ 160 mio) para comprar 70.35% das ações de Swissair na Crossair. Os bancos fornecerão também à Swissair um crédito-ponte de 250 milhões para financiar atividades do setor aéreo até que elas sejam eventualmente vendidas. Os dois bancos fornecerão a Swissair crédito adicional de 500 milhões.

Por contrato, Swissair devia fornecer na segunda-feira 1/10, 200 milhões de francos a empresa aérea belga Sabena. Não o fez em função do pedido de concordata. Não deverá também pagar os 100 milhões prometidos à Air Litoral, da França. O perigo de levá-las a falência aumentou consideravelmente.

Governo suíço se retira…

O governo suíço decidiu não investir em ações de Swissair, indicando que “o problema foi resolvido pelos dois bancos”, declarou o ministro das Finanças, Kaspar Villiger, após reunião extraordinária de mais de 3 horas dos 7 ministros que compõem o “Conselho Federal”. Villiger realçou que nas circunstâncias atuais, a criação de uma nova empresa representa melhor solução”.

Reações sindicais veementes

A falência mais rápida que prevista pegou os sindicatos um pouco de surpresa. Eles pareciam acreditar no fracassado plano de salvação, debatido no fim de semana. E porta-voz do pessoal de cabine de Swissair (Aeropers) disse segunda-feira à noite ter ficado abalado com “o fim de facto da empresa Swissair”.

As dívidas de Swissair Group elevam-se a 17 bilhões de francos – mais de 10 bilhões de dólares.Perdia cerca de 3 milhões de francos por dia.

Swissinfo com agências.

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