Desastre do Gotardo inferna vida dos europeus
Com o túnel de São Gotardo fechado por vários meses, após acidente, muitos países europeus ficam privados da mais cômoda ligação norte-sul. As conseqüências econômicas são importantes.
Um outono particularmente ameno tem facilitado a vida dos motoristas europeus e dos milhares de caminhoneiros que cruzam de norte a sul ou vice-versa.
Quem utilizava o túnel do Gotardo – fechado por no mínimo 2 meses – pode optar por um desvio, o passo alpino do mesmo nome, ainda poupado pela neve. O inconveniente é que se deve subir por uma estrada estreita e tortuosa e a viagem se torna mais longa.
Europa privada do principal eixo Norte-Sul
A Suíça já está dividida em dois e agora, com esse desastre, as ligações ficaram mais complicadas e distantes entre várias partes do país. Enquanto o inverno não chega, é possível p. ex. , além do Gotardo, a utilizar os passos alpinos de Simplon (Simpione), Susten e Nüfenen.
Naturalmente, o problema maior é enfrentado pelos caminhões. No Gotardo, onde circulavam diariamente uma média de 19 mil veículos, 3.600 eram caminhões. E segundo fontes de setores industriais, 80% da carga, procedente da Itália, e destinada a aeroportos dos países do norte europeu, passavam pelo túnel do Gotardo.
O sistema de ligação ferroviária para transporte de veículos no Gotardo, desativado quando o túnel foi construído em 1980, voltou a funcionar para atender à demanda, mas não deve resolver as dores de cabeça dos motoristas.
Turismo afetado
A rodovia do São Bernardino com um túnel menos seguro (e um passo a 2.065 m), representa outra alternativa de ligação entre Alemanha-Suíça-Itália. A estrada é sinuosa e o túnel não é considerado seguro. Foi construído há quase 35 anos, tem 6.6 m, é de via única (de duas mãos), e não tem galerias de proteção, como o Gotardo.
As perdas econômicas para o turismo, em particular no sul da Suíça e na Itália deverão ser consideráveis, e já alarmam representantes do setor.
swissinfo com agências.
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