eBusiness racionaliza Nestlé
Nestlé, n° 1 do agro-alimentar procura acelerar e padronizar sistema de gestão de relacionamento do grupo com seus clientes. Um projeto de até US$ 2 bi.
A multinacional, sediada em Vevey, cidadezinha suíça perto de Montreux, famosa pelo seu festival de jazz, investe grosso há um ano nesse projeto, que deve se prolongar por mais seis anos. O custo do projeto, batizado de “Global Business Excellence”, ou simplesmente Globe, é avaliado em soma que oscila 2 e 3 bilhões de francos suíços – de 1.2 a 2.8 bilhões de dólares.
Salto no eBusiness
O objetivo é promover maior padronização nos diferentes setores, compras, marketing, produção, finanças, recursos humanos e conhecimentos. Uma vez implantado, um empregado de Nestlé teria acesso pelo computador às filiais do grupo no mundo inteiro, o que facilitaria as relações da empresa com clientes.
O projeto, que o patrão, Peter Brabeck, considera o mais importante para a multinacional, envolverá uma uniformização dos sistemas informáticos, no sentido de torná-los compatíveis. A padronização de computadores já funciona em Cingapura e Malásia, diz Christian Johnson, chefe do projeto.
Na implementação de Globe atuam 500 empregados que trabalham nos 45 diferentes mercados em que Nestlé opera. Nestlé espera que o grupo de torne “um organismo homogêneo” com esse novo sistema que vai tirar poder de muitos chefes. Coordenação de uma compra de cacau, por exemplo, passará a depender de uma decisão centralizada, e não de várias empresas do grupo.
Justificativa
Nestlé que faturou 81 bilhões de francos – cerca de 50 bilhões de dólares – em 2000, teve apetite insaciável nos últimos 13 anos. Depois de ter comprado Buitoni Rowntree em 1988, adquiriu Perrier em 1992 e Sanpellgrino em 1998. Nesse conglomerado do setor agro-alimentar, as diferentes empresas ainda funcionam com muita autonomia. Isso deve acabar…
A implementação do projeto Globe é dispendiosa, mas traria economias substanciais para a multinacional
Swissinfo
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