Energia solar estagna na Suíça
O mercado mundial da energia solar está em franca expansão "mas a Suíça não soube transformar suas pesquisas inovadoras em produtos que dão lucro". A constatação é da "Swissolar", comunidade de trabalho sober energia solar, que pede mais incentivos do governo.
A energia solar está perdendo terreno na Suíça, enquanto cresce no mercado mundial. A produção mundial de células solares para produção de eletricidade cresceu 44% no ano passado.
Na Alemanha, o mercado de eletricidade solar foi quase multiplicado por 4 em um ano: passou de 12 para 45 megawats, de 1999 a 2000. Essa evolução se explica por programas promocionais dos países, segundo a “Swisssolar”, comunidade de trabalho suíça sobre energia solar.
As pesquisas estão bastante avançadas na Suíça mas o país não está sendo capaz de transformá-las em produtos de massa para comercialização. Vários países deram mais importância ao aspecto comercial e se beneficiaram de inovações suíças, afirmou Urs Muntwyler, membro da Swisssolar.
Na Suíça, no ano passado, foram vendidos 50.924 metros quadrados de captores solares térmicos, mesma cifra do ano anterior, segundo a associação suíça de especialistas em energia solar (SOFAS). Só metade do objetivo fixado para o ano 2000 foi atingido. A meta 1,5 milhão de metros cúbicos de captores instalados e, em dezembro de 2000, havia 789.434 metros cúbicos.
Os promotores da energia solar pedem, portanto, maior participação do governo federal na promoção do solar, particularmente na indenização dos custos de instalação.
“Os países da União Européia decidiram dobrar a produção de energia alternativa até 2010, passando a 12% do total, graças a ajudas massiças do poder público”, afirma Swissolar.
Com base nesse exemplo, a associação pede que as subvenções ao solar passem de 220 para 600 milhões de francos suíços, por um período de 4 anos, custo que seria “bem inferior para a economia e os consumidores do que uma taxa sobre o CO2”, hipótese em debate na Suíça.
swissinfo com agências
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