Falência da Swissair cria onda de indignação
Com 137 vôos na sexta-feira, um terço do horário normal, as operações da companhia suíça são retomadas pouco a pouco. O pedido de concordata anunciado segunda-feira foi apresentado quinta-feira à Justiça de Zurique. Além da confusão nos aeroportos, manifestantes criticam abertamente os bancos e o Parlamento terá uma sessão extraordinária em novembro somente para discutir a crise da Swissair.
A virtual falência da companhia que era motivo de orgulho nacional ainda deixa os suíç os indignados. Unifomizados, funcionários da Swissair participaram de manifestações em Berna, Genebra e Zurique, manifestando apoio ao presidente da empresa, Mario Corti, e criticaram os dois maiores bancos do país, UBS e Credit Suisse. Em sinal de solidariedade, algumas pessoas fecharam suas contas nesses bancos.
Os dois bancos compraram 70% da empresa regional Crossair, subsdiária do Grupo Swissair, e que vai absorver parte das operações da Swissair a partir de 28 de outubro.
Executivos lavam roupa suja
Os altos executivos começam a trocar acusações através da imprensa, algo também sem precedentes.Os presidentes dos bancos criticaram a má gestão da Swissair, esquecendo-se aparentemente que também eram membros do conselho de administração da companhia.
Mario Corti, presidente da Swissair, respondeu em entrevista a um grande jornal de Zurique que os bancos tinham um plano para afundar a Swissair.A situação é tão complexa que o Parlamento terá dois dias de sessão extraordinária dedicada à Swissair.
Ministro diz que foi melhor solução possível
Deputados e senadores querem discutir o empréstimo de urgência (450 milhões de francos) liberado pelo governo, quarta-feira, para permitir que a companhia voltasse a operar depois de dois dias parada por falta de crédito para combustível e taxas de aeroporto.
O ministro da Economia, Pascal Couchepin, já advertiu, no entanto, que a solução encontrada é a “única possível, nessas circunstâncias” para manter uma companhia aérea suíça.
Três ações na Justiça foram anunciadas até agora contra os bancos e a direção da Swissair. Uma delas é do governo de Genebra para que sejam apuradas responsabilidades pela falência da Swissair. Estados e Federação são acionistas, além de mais de 60 mil pessoas que podem perder suas economias.
Swissinfo com agências
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