Falha humana na colisão aérea

Keystone

Os controladores suíços do tráfego teriam avisado o avião russo Tupolev muito tarde, acusam autoridades russas. A empresa suíça afirma que não houve falha de sua parte no acidente que causou a morte de 71 pessoas, perto da fronteira suíça. As investigações continuam.

71 vítimas

O choque em pleno võo entre dois aviões região do Lago de Constance, no sul da Alemanha, perto da fronteira suíça, foi provavelmente causado por falha humana.

Sob la direção da skyguide

A companhia suíça assume também o controle do tráfego aéreo no sul da Alemanna, a certas horas da noite. Ontem, a central de controle DFS de Munique havia passado o controle para a Skiguide às 23hs30, aparentemente sem problemas. O acidente ocorreu minutos depois.

Segundo o ministro dos Transportes do land de Bade-Wurtenberg, na Alemanha, Ulrich Müller, foi transmitida ordem aos pilotos do Tupolev 154 de voar mais baixo mas eles não a teriam respeitado.

Ordem não foi respeitada

A informação foi confirmada pela Skiguide: os pilotos russos só reagiram após três chamadas nossas mas, quando o avião começou a perder altitude já estava muito perto do Boeing que também havia começado a descer devido depois do alarme de bordo”.

Os controladores do tráfego aéreo explicam que nada puderam fazer, nesse caso. Normalmente, uma ordem para evitar uma colisão com 1 minuto e meio de prazo é mais que suficiente, explicam.

Segundo as autoridades alemãs, a queda dos destroços dos aparelhos, por enquanto, não provocou vítimas apesar de ter causado incêndios em algumas residências.

swissinfo com agências

Primeiros indícios

As investigações continuam mas os primeiros indícios que houve uma sucessão de falhas. Por enquanto, russos e suíços se acusam mutuamente. Os inquéritos desse tipo constumam ser longos porque há muitos interesses em jogo.

Os russos afirmam que o controlador suíço do tráfego advertiu muito tarde que os pilotos deveriam diminuir a altitude para evitar a colisão.

A companhia estatal suíça Skiguide, que efetuava o controle do tráfego, afirma que não houve erro de sua parte. O funcionário que efetuava o controle dos dois aviões está internado em estado de choque e ainda não foi interrogado.

Técnicos alemães, suíços e russos examinam as gravações das caixas pretas dos dois aparelhos.

Operações de resgate prosseguem

O Boeing 757 ia de Baahrein para Bruxelas, com escala em Bergamo, na Itália, e transportava frete para a companhia DHL. Só os dois pilotos estavam a bordo.

O Tupoleve TU 154 da companhia russa Bashkirian Airlines era um avião de linha entre Moscou e Barcelona com escala em Munique. Tinha 69 pessoas a bordo (57 passageiros e 12 membros da tripulação), todos de nacionaliade russa, segundo a ambaixada alemã em Moscou. A maioria era de crianças e adolescentes que iam passar férias na Espanha.

As equipes de resgate continuam a busca de corpos entre os destroços dos aviões, espalhados num raio de mais de 30 kms.

swissinfo com agências