Fundador da Crossair perde o emprego
Em assembléia extraodinária, em Basiléia, o presidente do conselho de administração e fundador da companhia, Moritz Suter, demitiu-se do cargo. Pouco depois toda a direção também renunciou.
A nova Crossair realmente será bem diferente da anterior. Na presença de 4.500 acionistas, Moritz Suter dirigiu a última assembléia da empresa que criou 25 anos atrás.
Abaixo-assinado de funcionários
Líder do tráfego regional na Europa, a Crossair vai transformar-se em companhia nacional e absorver parte das linhas e das aeronaves da Swissair, em concordata, a partir de abril. De regional passará a ser intercontinental.
Depois que os dois maiores bancos suíços (UBS e CS) compraram 70% do capital da Crossair, meses atrás, começou uma verdadeira batalha interna pela direção. Os bancos consideram que Suter está ultrapassado mas os funcionários da Crossair o apóiam e fizeram até abaixo-assinado para mantê-lo na direção.
Nem presidente de honra
“Crossair precisa agora de tranqüilidade e estabilidade para se concentrar sobre o trabalho”, afirmou Suter aos acionistas.
Ele explicou ainda que manteve vários contatos com o futuro conselho de administração e que colocara sua experiência à disposição mas que não queria manter-se no cargo a qualquer preço. Disse que também renunciava a ser presidente da honra da empresa.
Capital será multiplicado por 8
Fundada por Moritz Suter, ex-piloto da Swissair, em 1979, o capital da Crossair passará de 330 milhões a 2,8 bilhões de francos suíços (US 1,7 bilhões).
O Estado suíço vai investir FR 600 milhões, os dois grandes bancos (UBS e CS) 350 milhões, outros bancos e instituições FR 200 milhões, empresas suíças (Nestlé, Novartis etc) 100 milhões cada uma e investidores particulares aproximadamente FR 1 bilhão.
Analistas consideram, no entanto, que a nova Crossair não será viável se não participar das 3 grandes alianças mundiais, integradas pelas européias British Arways, Air France e Lufthansa.
swissinfo com agências
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