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Grave desastre no Gotardo está explicado

Mortes e estragos por € 12 milhões Keystone Archive

Publicado na quinta-feira, 18/4 , resultado de investigação sobre grave incêndio, em outubro, no túnel do Gotardo.O desastre deixou 11 mortos e ainda provoca caos na principal ligação rodoviária norte-sul na Europa.

A perícia da polícia científica suíça pôde determinar detalhes minuciosos da investigação, explicando todas as etapas do incêndio resultante da colisão de dois caminhões, em 24 de outubro do ano passado.

Um dos veículos era conduzido pelo motorista turco, Seyfi Aslan, que estava bêbado – segundo revela autópsia – quando seu veículo transportava 1100 pneus de Milão à Bélgica.

Detalhes

A investigação revela a hora que entrou na Suíça, o tempo que precisou para percorrer 108 km (3h30), as “barberagens” do motorista. Os telefonemas para a namorada, inclusive uma vez que digitou o número errado.

O caminhão entrou no túnel a 40km/h e quando ia cruzar o outro veículo envolvido invadiu a pista inversa. O motorista italiano, Bruno Saba, que conduzia o outro caminhão, circulava a 10km/h e não conseguiu evitar o choque lateral. O tanque de combustível de seu caminhão rachou, o diesel derramou na estrada e um curto-circuito provocou o incêndio. No desastre 7 veículos foram destruídos e 11 pessoas perderam a vida.

Em 10 minutos a temperatura no túnel atingiu 900 graus e o incêndio pôde ser extinto apenas 20 horas depois.

Ventilação falha

O motorista turco responsável pelo desastre foi encontrado a 300m do incidente, mas morreu asfixiado pela fumaça, como aconteceu com nove outras vítimas. A décima primeira vítima, um motorista paraguaio, foi queimado vivo.

O sistema de ventilação entrou em funcionamento 7 minutos depois da colisão, mas já estava antiquado. Tinha 30 anos e “não correspondia mais às exigências do túnel”, realçou um engenheiro suíço (Jacques-André Hertig, da EPFL, de Lausanne).

O acidente deixou estragos de 18 milhões de francos (€ 12 milhões).

A investigação é de dar inveja a muitos detetives.

swissinfo com agências.

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