Menos turbulências na Swissair

SAirGroup volta a se chamar Swissair com o novo patrão Mario Corti - foto projetada Keystone

Em 2000 SAirGroup que volta se chamar Swissair perdeu 2.9 bilhões de francos (1.7 bilhão de dólares). Em comentada e tensa assembléia annual, em Zurique, o grupo fez balanço parcial da situação, esboçou nova estratégia e já pode contar com empréstimo de 1 bilhão de francos de 3 grandes bancos.

Os acionistas consideram que o Grupo SAir – que volta a se chamar Swissair, nome da empresa mais conhecida que o integra – está no bom caminho. Aprovou as contas e deu carta branca ao novo presidente Mario Corti para redefinir um plano de salvamento, já esboçado.

No entanto, uma inspeção das contas deverá permitir definir responsabilidade da gestão precedente que deixou um rombo de 1.7 bi de dólares, no sentido de apurar eventuais irregularidades. (Especialistas consideram em geral ter havido unicamente erro de orientação. Com a Suíça fora da União Européia, Swissair buscou alianças para evitar perigo de isolamento. Mesmo assim gordas compensações aos patrões despedidos foram bastante criticadas).

Quanto à estratégia do grupo Swissair, ela já foi esboçada pelo novo presidente do Conselho de Administração, Mario Corti, considerado o homem da situação. Será mantido o setor aéreo que é o mais visível e não o mais rentável. A holding conservará igualmente as empresas paralelas, técnicas e comerciais, como o setor de carga e de alimentação a bordo. A liderança dos diferentes setores será simplificada.

Decisão esperada é que o Grupo provavelmente abandone as deficitárias empresas francesas AOM e Air Liberté. A medida já foi tomada no que diz respeito de Air Littoral, também francesa.

Swissair vai injetar até junho dinheiro na AOM e Air Liberté que perdem 3 milhões de francos por dia. Certamente para amenizar o choque de seu “desengajamento”.

Quanto à parceria com SABENA, uma decisão deverá ser tomada dentro de poucos meses. Swissair detém 49,5% do capital da empresa aérea belga. Sabe-se que a Swissair precisa contar com o aeroporto de Bruxelas para suas operações, ainda mais depois das restrições previstas no aeroporto de Zurique devido a exigências apresentadas pela Alemanha.

Na apreciação dos analistas, o grupo Swissair abandona sonho de grandeza, retira-se de empresas estrangeiras do ramo e reorienta plano de desenvolvimento. Pode contar de imediato com crédito de 1.7 bilhão de dólares, fornecidos pelo Crédit Suisse, Citibank e Deustche Bank.

Quanto a futuro mais remoto, prevê-se integração de Swissair em grande aliança do setor.

swissinfo com agências