Onda de más notícias continua
Afora raríssimas exceções, como a Nestlé, 2002 foi um ano péssimo para as grandes empresas suíças.
Hoje foi a vez da ABB e a companhia de seguros Zurich Financial Services (ZFS) anunciarem prejuízos recordes.
A luz no fim do túnel ainda continua distante para os pesos-pesados da economia suíça.
Depois que a semana iniciou-se com o anúncio de prejuízos milionários e demissões em empresas como Swiss, Credit Suisse, Clariant, Roche e Swiss Re, agora é a vez da ABB e da Zurich Financial Services publicarem perdas recordes.
A ABB, o gigante suíço-sueco no setor de eletrônicos, revelou que teve, em 2002, 787 milhões de dólares de prejuízo. Porém a empresa está confiante que esse ano ela irá sair do vermelho. “O pior já passou”, reforçou o alemão Jürgen Dormann, presidente da empresa. De acordo com os analistas, a ABB conseguiu resolver os três grandes problemas que tinha.
A liquidez da empresa foi assegurada até 2004, através de linhas de crédito cedidas pelos bancos. Também a empresa conseguiu alcançar um acordo razoável na disputa judicial travada nos EUA, no caso da contaminação por amianto. Ao mesmo tempo, a ABB conseguiu aumentar seus ganhos nos dois principais setores da empresa: o de automação e de energia.
ZFS sofre também prejuízos bilionários
No setor de seguros, uma outra grande empresa do ramo também colaborou com a onde de más notícias no setor econômico: Zurich Financial Services confirmou prejuízos, em 2002, da ordem de 3,4 bilhões de dólares. Trata-se de uma queda livre, sabendo que em 2001 a empresa havia tive perdas de 387 milhões de dólares.
A direção da empresa explicou que os maus resultados devem-se, sobretudo ao 3,5 bilhões de dólares de provisões especiais ligadas à reestruturação do grupo. Outra razão para as dificuldades está na baixa da bolsa de valores, já que a empresa teve enormes perdas contáveis no seu portfólio de ações: 1 bilhão de dólares.
Cortes de empregos
A Zurich Financial Services também iniciou um programa de corte de custos. Até o final de 2002, já foram cortados 2.500 empregos. “De acordo com os nossos planos, acredito que iremos chegar no final do ano com um corte de cinco mil empregos”, explica Thomas Buess, diretor financeiro da companhia de seguros. A ZFS emprega atualmente 68 mil funcionários.
Assim como a ABB, a empresa de seguros acredita que chegará, ao final de 2003, a sair do vermelho. James Schiro, presidente da ZFS anunciou que o grupo ira refocalizar seus negócios no setor de seguro e abandonar a política de expansão agressiva, levada nos anos anteriores.
swissinfo com agências
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