ONGs contra privatização da água
A água é um bem público e não uma mercadoria. Organizações humanitárias suíças lancam campanha para inserir esse princípio na Constituição e sugerem que a Suíça promova uma Convenção Internacional sobre o problema da água potável.
A campanha “agua 2000” foi lançada quinta-feira, em Berna, pela Comunidade de trabalho das organizações humanitárias suíças. O objetivo é sensibilizar e exercer pressões políticas para que água potável seja distribuída de maneira igualitária e acessível a todos.
As 5 ongs da Comunidade querem inserir na Constituição suíça o princípio da água como bem público e sugerem a elaboração de uma Convenção Intenacional para que a água potável seja acessível a toda a população mundial nos próximos 5 anos.
Atualmente, 1,4 bilhões de pessoas no mundo não têm acesso à água potável, segundo Werner Küllig, secretário geral da Helvetas, uma das ongs que lançam a campanha. Ele afirma também que essa situação se agrava rapidamente e cita o exemplo da África em que metade das doenças seria devida a má qualidade da águal.
Para Küllig, o que a economia mundial vem propondo como solução é a privatização da água, daí a necessidade de declará-la como bem público. “A água será umas das grandes causas de conflito no século XXI”, afirma Romarie Bär, da Comunidade de trabalho das organizações humanitárias. Ela lançou um apelo para que a Suíça proponha uma Convenção Internacional sobre o problema da água potável na Conferência da ONU sobre o meio ambiente prevista para 2002.
swissinfo com agências.
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