Pesquisadores seqüenciam genoma do arroz
Cientistas do grupo agro-químico suíço Syngenta , n° 1 mundial do setor, mapearam o genoma do arroz. Segundo comunicado da empresa, na sexta-feira, 26/01, a descoberta representa progresso decisivo no sentido de melhorar a produção de cereais.
Desenvolvida em colaboração com a empresa Myriad Genetics Inc., a pesquisa foi realizada em La Jolla, Califórnia, no “Torrey Mesa Research Institute”, onde Syngenta centralizou sua pesquisa genética.
De acordo com comunicado de sexta-feira 26/01, trata-se do primeiro projeto do gênero relativo a uma planta amplamente cultivada, no caso o arroz, base alimentar para bilhões de pessoas, principalmente asiáticos.
Indica também que os conhecimentos que se podem extrair do resultado da pesquisa devem abrir novas perspectivas para outros cereais, como o trigo, algodão e cevada, abrindo portanto perspectivas de aplicação no “agribusiness”.
Na Suíça, “Declaração de Berna”, organização de ajuda não governamental, estima que Syngenta não pode patentear a descoberta. Seu porta-voz, François Meienberger, disse não ser admissível que uma empresa se aproprie nem que seja de parte do genoma. “Ela não o inventou. É parte da natureza”, e portanto patrimônio humanidade.
A organização alertou também contra riscos de modificação genética de plantas desencadear desastres ecológicos ou riscos socioeconômicos.
Syngenta surgiu em novembro da fusão do setor “agribusiness” de Novartis com a empresa britânica AstraZaneca. Emprega mais de 20 mil pessoas no mundo e fatura 7 bilhões de dólares.
O “Torrey Mesa Research Institute chamava-se anteriormente Novartis Agricultural Discovery Institute.
swissinfo com agências
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