Pessoal asiático é banido de feira na Basiléia
Abre a "Baselworld" - Feira Internacional de Relógios e Jóias na Basiléia. Devido à epidemia de pneumonia atípica na Ásia, o governo suíço decide impedir a entrada de funcionários vindos da região.
A crise econômica e a guerra no Iraque também são outros fatores que também prejudicam os negócios.
Na quinta-feira foram abertas as portas da “Baselword” na Basiléia e em Zurique. A maior feira do setor de joalheria e relógios é muito importante para algumas empresas, cuja participação chega a ser responsável por 80% do faturamento anual.
Esse ano traz, porém, más novidades. A atual crise econômica, a guerra no Iraque a eclosão de uma epidemia de pneumonia na Ásia irão seguramente influenciar os negócios feitos na Baselworld.
Medo da pneumonia asiática
Muitos estandes ocupados por empresas asiáticas estarão vazios esse ano, sobretudo na feira em Zurique. O governo suíço decidiu, como medida de precaução, proibir a vinda de três mil funcionários de 383 empresas expositoras na China, Hong-kong, Cingapura e Vietnã. No total a “Baselworld” contaria com a participação de 2163 expositores.
Segundo informações dos serviços médicos suíços, a pneumonia atípica que tem se alastrado pela Ásia é uma doença que pode ser facilmente transmitida.
Protestos e decepção
A exclusão de expositores provocou o protesto de representantes da Câmara de Comércio de Hong-Kong, que consideraram a medida “inconseqüente e prematura”. As empresas atingidas pretendem recorrer na justiça e através dos meios diplomáticos.
A Associação Suíça da Industria Relojoeira também lamentou a decisão do governo suíço. “Essa exclusão é negativa para a própria feira”, afirma Jean-Daniel Pasche, porta-voz da associação.
Menos visitantes e faturamento menor
A empresa organizadora da feira “Baselworld”, a MCH Messe Basel, espera 80 mil visitantes na edição desse ano, o que seria uma redução de 2.500 pessoas.
Herbert Siegert, porta-voz da MCH Messe Basel, calcula também um menor faturamento. “As condições não poderiam ser piores, pois sobretudos os visitantes que vêm de fora da Europa virão em menor quantidade”.
Os maiores mercados da indústria relojoeira Suíça estão nos Estados Unidos e na Ásia. O não-comparecimento de uma parte dos clientes dessas regiões terá seguramente uma influência no decorrer dos negócios feitos durante a realização da feira. Em 2000, as empresas ainda exportavam mais de 7 bilhões de dólares, sendo que a metade dos produtos estava no segmento de relógios de luxo.
Concorrência com Genebra
Ao mesmo tempo em que a Basiléia abre oficialmente sua feira de relógios e jóias, Genebra anuncia para 7 de abril a abertura do “Salão Internacional da Relojoaria”.
Esse evento está voltado, sobretudo, para as marcas nobres e é aberto somente para o público especializado. Nos últimos anos, muitos expositores que participavam da “Baselworld” decidiram ir para Genebra.
swissinfo com agências
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