Porto Alegre já repercute em Davos

O presidente da Suíça, Moritz Leuenberger, discursando em Davos Keystone

Os impactos sociais da globalização econômica atingem debates no 31° encontro do Forum Econômico, nos Alpes suíços. A discussão sobre a "fase 2 da nova economia" refletem preocupações em destaque no Fórum Social de Porto Alegre. No seu discurso o presidente suíço, Moritz Leuenberger, aludiu aos riscos da globalização.

O Forum Econômico de Davos adota atitude aparentemente menos arrogante. Discurso do ministro brasileiro da Agricultura, Pratini de Moraes, reflete um pouco essa tendência quando alerta que recentes protestos por ocasião de encontros internacionais não constituem apenas reações de “movimentos românticos ou extremistas radicais”, enfatizando que protestos contra os estragos da globalização merecem “consideração mais séria”.

O encontro de Davos provavelmente recupera preocupações de movimentos anti-globalização. Mesmo assim, dificilmente pode descartar o apelo de Porto Alegre na definição de estratégias para uma “segunda fase da nova economia”, em que as dimensões social e cultural não seriam esquecidas. É o que Pratini de Morais chama de “via de 2 mãos”.

Em seu discurso perante representantes da elite econômica e política do mundo, o presidente da Suíça, Moritz Leuenberger, evocou o encontro de Porto Alegre realçando ameaças da globalização: desigualdade face às novas tecnologias e ao conhecimento, maior brecha entre ricos e pobres e meio ambiente.

Um alerta já nas intervenções iniciais em Davos foi o risco ligado à desaceleração da economia nos Estados Unidos e Japão. Mas especialistas estimam que a Europa continuará crescendo.

Um dos temas importantes abordados no encontro é o e-comércio (comércio pela Internet) e o colapso de grandes empresas do setor.

Swissinfo com agências