Segurança alimentar precisa ser reforçada
Uma comissão de ética recomenda maior rigor no contrôle dos alimentos trangênicos na Suíça.
O cultivo está proibido mas a lei atual autoriza até 1% de transgênicos na composição dos alimentos, sem a necessidade de uma etiqueta especial nas embalagens.
Esse limite está sendo questionado pela comissão de ética, que defende a redução do limite autorizado para 0,1%. Esse limite é o máximo que os testes atuais podem detectar, cientificamente.
A comissão de ética defende também a etiquetagem sistemática para que o consumidor saiba exatamente o que vai consumir, em matéria de transgênicos, antes de comprar o produto.
“Uma informação clara é indispensável” afirma a médica Cornelia Klauser-Reucker, membro da Comissão.
População é contra
Sem isso, a comissão acha que o consumidor pode ser enganado, já que é impossível testar o limite legal de transgênicos em todos os produtos comercializados.
A Comissão de Ética também tem dúvidas quanto ao conceito de “equivalência substancial”, que visa garantir que um alimento modificado geneticamente tem o mesmo grau de segurança para a saúde do que um alimento tradicional.
Segundo Martine Jotterand, professora de citogenética em Lausanne, os métodos bioquímico e toxicológico adotados até agora são insuficientes para determinar com certeza a segurança alimentar dos transgênicos. Por isso ela defende o princípio da precaução.
Quanto ao cultivo, a comissão recomenda a proibição definitiva porque considera que, num território tão pequeno como a Suíça, seria muito difícil separar as culturas tradicionais dos transgênicos.
Como em toda a Europa, a grande maioria dos suíços é contra os transgênicos porque teme conseqüências nefastas sobre a saúde o meio ambiente.
swissinfo, Andrea Tognina
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