Seguros de saúde continuam subindo

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Os prêmios dos seguros de saúde vão subir 9,74%, em média, no ano que vem. A alta em 2001 foi de 5,5%. As novas tarifas foram anunciadas sexta-feira pela Divisão Federal de Seguros de Saúde (OFAS), órgão de controle do governo, após negociações com as seguradoras. Por habitante, o sistema de saúde da Suíça é o 2° mais caro do mundo, depois dos EUA.

O seguro mínimo de saúde, chamado seguro de base, é obrigatório na Suíça. Para uma maior extensão dos serviços, existe o seguro complementar facultativo. O sistema é misto: os seguros são feitos junto a seguradoras, empresas privadas, que pagam os profissionais, serviços médicos e remédios prescritos com receita. Os hospitais, em sua grande maioria, são públicos e mantidos pelos estados e municípios. Não existe serviço médico gratuito.

Limitar o poder das seguradoras

No ano que vem, a partir de 26 anos de idade, o prêmio será de 245 francos (150 dólares) por mês, em média. De 19 a 25 anos, de 172 francos e até os 18 anos 63 francos. São tarifas médias, pois há variações entre os 26 estados suíços. A alta do ano que vem vai causar problemas financeiros para muita gente, prevê a Federação de consumidores (FRC).

Os cidadãos já cobrem mais de 65% dos custos de saúde e não poderão suportar aumentos sucessivos e está na hora de mudar o sistema de prêmios individuais, afirma a secretária geral da FRC, Marianne Meyer. Ela espera que as autoridades federais e estaduais assumam um papel mais ativo, limitando a influência das seguradoras.

Mudar a fórmula de cálculo

A lei do Seguro de Saúde (Lamal) está sendo revisada no Congresso. As discussões são longas e as mudanças são previstas dentro de 4 ou 5 anos. No debate do Senado, quinta-feira, três emendas foram debatidas: novo sistema de financiamento de hospitais, limitação da lista de médicos por seguradora e aumento das subvenções sempre que os prêmios ultrapassarem 8% da renda do segurado.

Christian Chevrolet, do jornal “Bon à Savoir”, de defesa do consumidor, afirma que não há vontade política atualmente para mudar realmente o sistema e passar a calcular prêmios proporcionais à renda, garantindo o mesmo serviço a todos.

Enquanto isso, o jornal incentiva os segurados a mudarem de seguradora, procurando prêmios mais vantajosos. Ressalta, no entanto, que essa é apenas uma solução individual e paliativa que não resolve o problema do sistema.

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