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Solução para Swissair custa 4 bi

Mario Corti, patrão de Swissair, Peter Siegenthaler, da "task force" e André Dosé, da Crossair Keystone

Nova empresa deve retomar boa parte das atividades aéreas da falida Swissair. Entre 3 cenários possíveis, a proposta menos dolorosa é reforço da Crossair.

Swissair, depois do pedido de concordata no início do mês, parece enterrada. Mesmo se comprador interessado injetasse bilhões de dólares, a empresa seria inviável.

No domingo, uma « força-tarefa », montada pelo governo suíço debruçou-se sobre o leito de morte da Swissair para ver como recuperar os despojos da companhia e manter uma empresa aérea suíça, considerada indispensável não só para a imagem do país, como também por razões econômicas e sociais.

Três propostas

A « força-tarefa », reuniu no domingo, representantes do governo, bancos (UBS e Credit Suisse), Swissair e da Crossair, a maior companhia regional européia.

Três cenários foram apresentados para substituir a Swissair que pára de voar dia 28. Todos se baseiam em uma capitalização que torne comercialmente viável a nova companhia. Apenas um é apontado como favorito: consiste em construir a nova empresa nos alicerces da Crossair.

Além de manter em atividade suas 82 aeronaves, Crossair exploraria 26 rotas longas e 26 médias da Swissair.

Custos

Essa proposta é a mais dispendiosa, mas tem o mérito de preservar o maior número de empregos.

Seria necessário injetar 2.2 bilhões de francos para concretizá-la. Mas o projeto exige de 1 bilhão a 1.7 bi suplementares para garantir os vôos longos no período de inverno. A nova empresa, se o projeto for em frente funcionaria a partir de março. (Ainda precisaria acrescentar um plano social para Swissair que oscila em torno de 650 milhões de francos).

O custo humano seria menos elevado, com a supressão de 9.400 empregos, dos quais 4.100 só na Suíça.

O segundo cenário prevê retomada de apenas 15 vôos intercontinentais, necessitaria de um capital de 1.6 bilhão de francos, mas implica corte de 14.500 empregos.

O terceiro cenário seria manter Crossair no seu tamanho atual, com 82 aeronaves, e sem nenhum vôo de média ou longa distância. O custo humano seria alto: supressão de 27 mil postos de trabalho.

O governo pode tomar uma decisão sobre participação no financiamento já na quarta-feira, 17/10. Aguarda-se também para breve reação do setor privado.

swissinfo com agências.

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