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Suíça suspende importação de carne argentina

Suíça segue recomendações da UE e supende importações da Argentina Keystone

Seguindo as recomendações da União Européia, da qual ela não é membro, a Suíça suspendeu quarta-feira, 14.3, a importação de carne da Argentina. A medida afeta a produção de carne seca suíça, produto típico fabricado com carne brasileira, argentina e suíça.

Os riscos de globalização da febre aftosa estão obrigando os governos a tomar medidas drásticas. Depois de ter proibido, terça-feira, a importação de animais vivos da União Européia, a Suíça suspendeu até segunda ordem, quarta-feira, 14.3, as importações de carne argentina.

A decisão tem duas justificativas da Divisão Veterinária Federal (DVF), em Berna, órgão técnico de controle integrado ao Ministério da Economia: segue as recomendações da União Européia, da qual a Suíça não é membro, e também à falta de transparência das autoridades competentes argentinas.

Na semana passada, com as notícias de focos de aftosa e de vacinação do gado na Argentina, a DVF solicitou informações às autoridades sanitárias de Buenos Aires mas não obteve resposta, afirmou o porta-voz da DVF, Heinz Müller.

Carne bovina fresca argentina e brasileira são vendidas em açougues de supermercados na Suíça mas são destinadas principalmente à produção de uma carne seca defumada, típica da regiões dos Grisões, leste na Suíça.

Para o consumo interno, a carne dos Grisões é feita com carne suíça mas, para a exportação, principalmente para a União Européia, é usada a carne brasileira (80%) e argentina (15%). No ano passado, foram importadas 1467 toneladas de carne argentina para essa produção.

O que os produtores suíços de carne seca mais temem é que a União Européia, suspenda as importações de carne suíça. Terça-feira, 13.3, a Suíça proibiu a importação de animais vivos da UE, depois da descoberta do primeiro foco de aftosa na França.

Sem citar explicitamente a Suíça, quarta-feira, 14.3, a Comissão Européia considerou “excessivas” as medidas indiscriminadas contra todos os países da UE, afirmou que elas “não se justificam e que não há qualquer argumento técnico aceitável”. Em Berna, a DVF respondeu que a “União Européia é um mercado único”.

swissinfo com agências

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