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Swiss está melhor que previsto

Swiss decola mas ainda está no vermelho. swissinfo.ch

A companhia aérea suíça teve um prejuízo de 447 milhões de francos no primeiro semestre para um faturamento de 1,754 bilhão.

O faturamento é maior que previsto e o déficit menor que o esperado. “Não podemos falar de euforia porque ainda estamos no vermelho”, afirmou o diretor geral André Dosé.

Swiss International Airlines surgiu em abril, quando a Crossair retomou parte dos ativos da Swissair, em concordata. Para tentar manter uma companhia nacional, muito capital público foi investido (quase 35%) mas a empresa já teve vários problemas em seu curto período de vida.

Concorrentes estão no azul

Panes sucessivas de aviões necessitaram troca de turbinas. Um grupo de pilotos não estava habilitado e tem de passar novos exames. Houve falta de pessoal de bordo e teve de ser lançada uma campanha de contratação. Problemas com pilotos da ex-Crossair que exigem melhores condições e não assinaram a Convenção Coletiva de Trabalho etc.

Mesmo assim, os resultados anunciados para segunda-feira para o 1° semestre são melhores que previstos. Faturamento maior (1,754 bilhão) e prejuizo menor (447 milhões de francos suíços).

A título de comparação, as duas maiores companhias européias (British Airways e Lufthansa) tiveram lucros no primeiro semestre.

Em projeção anual, a Swiss prevê faturamento de mais de 4 bilhões e perdas entre 800 a 900 milhões. A previsão inicial de perdas para este ano era de 1,1 bilhão.

Passageiros e lucros

A taxa de ocupação dos aviões (66,1%) também está melhor que previsto (49%) no plano inicial da companhia, que deverá trasportar cerca de 10 milhões de passageiros até o final do ano.

No entanto, isso não significa automaticamente rentabilidade. Analistas afirmam que o preço das passagens está muito baixo e não dá para cobrir os custos.

Conflito com pilotos

Outro problema sério é com os 1050 pilotos da ex-Crossair integrados à Swiss, que continuam operando nas linhas regionais. Eles se dizem discriminados em relação aos 830 pilotos que vieram da Swissair e que voam nas linhas intercontinentais.

Os pilotos “regionais” entraram na justiça e ganharam a causa pela equiparação. A companhia diz que isso é inviável e fez outra proposta com um ultimato aos pilotos, que entraram com outra queixa da justiça e ameaçam fazer greve. Não se sabe até quanto vai o conflito.

Tamanho crítico

Resta ainda a questão de uma aliança estratégica com outras companhias. Há negociações com a British Airways mas o problema, segundo especialistas, é a frota intercontinental da Swiss, considerada grande demais para uma aliança.

O diretor geral, André Dosé diz que a decisão de manter a frota intercontinental já foi tomada.

swissinfo com agências

– Swiss foi criada em abril, depois da falência da Swissair
– 35% do capital é publico (20,3%) do governo federal
– 1050 pilotos regionais e 830 intercontinentais
– frota regional tem 25 aviões da Embraer

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