Swissair não investe mais na Sabena
"Queremos fazer uma retirada organizada de todas a empresas aéreas deficitárias das quais somos sócios". A declaração é do patrão da Swissair, Mario Corti, em entrevista a dois jornais suíços, confirmando que a empresa não vai mais investir na companhia belga Sabena.
“Nosso papel não é financiar indefinidamente os déficites da empresas das quais somos sócios”. Na primeira grande entrevista depois de ter tomado posse na direção da Swissair, Mario Corti declarou aos jornais “Le Temps” e “Aargauer Zeitung” que a companhia vai se concentrar em suas próprias atividades aéreas, ou seja, Swissair e Crossair, além das demais empresas de serviços do grupo.
A declaração confirma que a Swissair não vai salvar a belga Sabena, em grande dificuldade financeira, da qual a Swissar detém 49,9% das ações. O outro sócio é o governo belga (50,1%).
A Swissair também já havia congelado investimentos em três companhias francesas (Air Litoral, AOM e Air Liberté), em falência ainda não declarada.
A própria Swissair atravessa a pior fase de sua história com perdas recordes. Toda a holding está sendo reestruturada e pretende economizar 500 milhões de francos suíços este ano.
Aos rumores de risco de falência, Corti responde que “os problemas são sérios mas há soluções”, mas que a empresa “é solvável”. Como garantia, a Swissair obteve 1 bilhão de francos suíços dos bancos.
Um novo plano de reetruturação será anunciado em julho e os reultados e o balanço semestral, muito aguardado, será divulgado no final de agosto.
swissinfo com agências
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