Syngenta vende menos no Brasil
As vendas da empresa suíça, líder mundial da agroquímica, cairam 23% na América Latina no primeiro semestre. Devido a crise, a Syngenta só está vendendo à vista no Brasil e na Argentina.
Os agricultores latino-americanos devem 400 milhões de dólares à Syngenta. Para evitar riscos de falência, a empresa sediada em Basiléia, noroeste da Suíça, limitou créditos e só está vendendo à vista no Brasil e na Argentina, seus dois principais mercados no sub-continente.
Menos faturamento e mais lucro
A informação foi da direção da empresa, em coletiva à imprensa em Zurique, onde apresentou o balanço semestral.
Resultante da fusão do setor agrícola da Novartis com a AstraZeneca, a Syngenta é líder mundial no setor de defensivos agrícolas e 3° mundial na produção de sementes, depois da Dupont e da Monsanto.
Com o setor agrícola mundial em baixa, as vendas da Syngenta cairam 3% no primeiro semestre deste ano, comparadas ao mesmo período de 2001. No entanto, o lucro líquido aumentou 12%, totalizando 448 milhões de dólares para um faturamento de US 3,9 bilhões. Na América Latina, as vendas cairam 23%.
Reforçar setor de sementes
O aumento do lucro do lucro, apesar da queda do faturamento, é atribuido às sinergias da fusão que criou a Syngenta. Na época, a empresa cortou 2 mil de seus cerca de 20 mil empregos.
A direção da empresa afirmou também que está a procura de uma aquisição para reforçar sua posição no setor de sementes, mercado avaliado entre 12 e 15 bilhões de dólares por ano. A carteira de defensivos agrícolas será reduzida dos 99 atuais para 76 produtos.
Do lucro anunciado no primeiro semestre, US 3,26 bilhões vieram dos defensivos agrícolas e US 646 milhões do setor de sementes.
Por continentes, os principais mercados para a Syngenta são África e Oriente Médio (US 316 milhões), Alena (US 270 milhões), Ásia-Pacífico (US 33 milhões) e América Latina (US 27 milhões).
swissinfo com agências
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