Morre o “pai” de San-Antonio
Mais conhecido como San-Antonio nome com que assinou os romances policiais que escreveu aos montes, Frédéric Dard, faleceu na noite de quarta-feira, dia 8 de junho, na Suíça, onde viveu mais de 20 anos. A crítica é unânime em reconhecer seu talento.
Frédéric Dard morreu aos 78 anos em vilarejo suíço de Bonnefontaine, no cantão (estado) de Friburgo. Ele vivia na Suíça desde 1978 e foi neste país que assinou dezenas de policiais com o pseudônimo de San-Antonio.
Ele escreveu cerca de 250 romances. Foram vendidos mais de 200 milhões de exemplares.
Lúcido e mordaz o escritor revela em seus livros uma imaginação sem limites, muita criatividade em tom popular plena de gírias, das quais muitas inventadas pelo autor.
Seu talento é reconhecido em obras com títulos e conteúdo provocantes e aparentemente vulgares (“Os Babacas”, “A tomar ou a lamber”, “Concerto para um “porta-liga” (para prender meias de mulher), etc…
O valor de seus romances que o autor considerava “pequenos policiais para bibliotecas de estação” é hoje reconhecido pela crítica.
“Dard impôs-se como autêntico príncipe da gíria escreve comentarista do jornal Le Matin, de Lausanne, na edição de 8 de junho.
E acrescenta:” O pai de San-Antonio deixa uma obra de um magnífico escritor francês. A de um filho de Rabelais e François Villon…” (monumentos da literatura francesa).
Em tempo: na vida privada Frédéric caprichava na linguagem e suas principais qualidades eram a bondade e a generosidade. O oposto de seus personagens de ficção.
Swissinfo com agências.
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