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Operação contra máfia russa inclui Suíça

Keystone

Vasta operação contra lavagem de dinheiro, realizada na Itália estende-se a toda a Europa. Várias contas bancárias foram bloqueadas na Suíça.

Chamada “teia de aranha”, a operação foi lançada na madrugada da segunda-feira, 10/6, contra 150 pessoas acusadas de associação com malfeitores, no sentido de reciclar dinheiro de origem ilegal.

Essa máfia é dirigida na Itália pela polícia e pelo Ministério Público anti-máfia. Segundo o Ministério italiano do Interior, o FBI também participa da operação.

Por enquanto, 150 pessoas foram detidas em toda a Itália. Trata-se de alguns empresários russos que estariam ligados a máfia da Rússia e também de empresários italianos e estrangeiros.

Entre eles figura o que é considerado o homem de contato da máfia russa na Itália.

Igor Berezovsky em fuga

Mas proprietário de várias empresas import-export que participou de operações de reciclagem conseguiu fugir. Trata-se do russo Igor Berezovsky, membro da organização criminosa “Brigada do Sol”.

Buscas foram realizadas simultaneamente em bancos de vários países europeus – na França, Alemanha, Principado de Mônaco – bem como no Canadá e Estados Unidos.

Na Suíça, contas suspeitas foram congeladas nos estados de Ticino, St. Gallen e Genebra.

Vários bilhões de dólares foram reciclados nos seis últimos anos. O dinheiro era expedido de repúblicas da ex-URSS a bancos italianos, suíços, alemães, franceses e monegascos.

Essas somas eram transferidas como pagamentos, infringindo lei sobre exportação de capitais.

As somas provinham de atividades ilícitas da máfia russa. Uma vez recicladas, eram reenviadas aos “donos” nas ex-repúblicas soviéticas ou transformadas em mercadorias de toda espécie: máquinas agrícolas, madeira, móveis, roupas…

Segundo os investigadores, as pessoas que realizavam as operações tinham ligações com o terrorismo checheno.

Procurador inacessível

Segunda-feira, 10/6, a Divisão Federal da Polícia, DFP, em Berna, confirmou que, de fato, várias operações ocorreram na Suíça, a pedido de magistrados estrangeiros.

Segundo a DFP, o Ministério Público de Genebra é responsável pela execução desses mandatos. Mas foi impossível falar com o Procurador Geral, Daniel Zapelli, e o mencionado Ministério não pôde fornecer mais informações a respeito do caso.

Na Itália, apartamentos, casas, carros de luxo e lojas no valor total de 3 milhões de euros foram confiscados.

swissinfo/Gemma d’Urso, em Lugano

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