Câmara debate política de direitos humanos

Ilustração direitos humanos swissinfo.ch

Deputados estão divididos sobre a política do governo para os direitos humanos. Socialistas e ecologistas fazem duras críticas, a direita apóia a posição do governo mas ambos querem forçar papel do Parlamento. Ministro diz que política é mais difícil.

Depois de três horas de debates acirrados, os deputados aprovaram uma moção reforçando o papel da Câmara na política de direitos humanos do governo. Exigem que o governo apresente um amplo relatório sobre as medidas tomadas e a serem tomadas no início de cada legislatura.

“Tentamos curar com a mão esquerda a doença que espalhamos com a mão direita”, afirmou o deputado socialista Franco Cavalli, referindo-se à “incoerência” entre a defesa dos direitos humanos e os investimentos econômicos nos países que violam os direitos humanos.

Os ecologistas vão na mesma direção, denunciando as relações com os Estados Unidos, “país da pena de morte”. Pedem também uma política “mais corajosa” de não alinhamento aos embargos econômicos que levam a “genocídios” como contra o Iraque.

A esquerda também critica a participação de empresas suíças em grandes projetos como as usinas hidrelétricas das “Três gargantas”, na China, e de Ilisu, na Turquia. Critica também as boas relações com a governo de Pequim.

O ministro das Relações Exteriores, Joseph Deiss, respondeu que há vários instrumentos de promoção dos direitos humanos e “que o diálogo é um deles”, e que “pode dar melhores resultados a longo prazo na China, por exemplo”.

Deiss afirmou também que um dos princípios é não se limitar a condenar e que “a política é bem mais difícil que isso”.

Os três partidos governamentais de direita apoiam a posição do governo embora também façam ressalvas quanto à eficiência dos embargos econômicos.

swissinfo com agências.