Comitê Olímpico aprova testes para detectar EPO

Comitê Olímpico vai reforçar luta contra o doping a partir de setembro Keystone

Os atletas serão submetidos a um novo teste antidoping nos Jogos Olímpicos de Sídnei, em setembro. Reunido em Lausanne, oeste da Suíça, a Comissão Executiva do COI validou o teste de EPO, substância que aumenta os glóbulos vermelhos do sangue.

Pela primeira vez nos Jogos Olímpicos, os atletas serão submetidos a um teste antidoping baseado em análise de sangue. O método aprovado pela Comissão Executiva do COI (Comitê Olímpico Internacional) combina exames de sangue e de urina.

Os testes, anteriormente aprovados por uma comissão científica independente e pela Comissão jurídica do COI, serão realizados já a partir dos Jogos de Sídnei, de 15 de setembro a 2 de outubro, sob controle da Comissão Médica do COI.

A EPO é uma substância sintética usada em medicina mas vem sendo utilizada como doping, pois aumenta o número de glóbulos vermelhos no sangue, alterando o desempenho do atleta. O primeiro escândalo ocorreu quando da descoberta do uso de EPO por ciclistas profissionais na Volta da França, em 1998.

A Comissão Médica do COI pretende fazer entre 300 e 400 testes durante os Jogos de Sídnei. Os controles serão decididos por sorteio de atletas, depois da escolha do esporte e da nacionalidade. Poderão ser feitos de surpresa, em todo o território australiano.

Só será considerado positivo o atleta em que for constatada a presença de EPO nas duas análises, sangue e urina. Para evitar que o atleta alegue questões éticas, morais ou religiosas para não ser subtido ao teste de sange, essa obrigação será inscrita na Carta Olímpica a partir de 1° de setembro.

“Os que se recusarem ao teste serão automaticamente excluídos dos Jogos” advertiu o presidente da Comissão Médica do COI, Alexandre de Merode.

swissinfo com agências