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Suíços demonstram generosidade sem precedentes

Voluntários da Rede da Solidariedade recebem promessas de doações, por telefone. Keystone

A coleta nacional organizada pela Rede da Solidariedade bateu um recorde histórico: 114 milhões de francos suíços.

A Suíça também homenageou todas as vítimas do tsunami, em cerimônia religiosa ecumênica na catedral de Berna da qual participaram três dos sete ministros do governo federal.

A coleta nacional organizada pela Rede da Solidariedade – entidade caritativa da Rádio e Televisão Suíça (SSR) – em favor dos sobreviventes do sismo na Ásia bateu todos os recordes.

Só na quarta-feira (05 de janeiro) as promessas de doações foram de 62 milhões de francos suíços. No total, mais de 114 milhões foram doados desde 26 de dezembro.

“É uma enorme manifestação de solidariedade. Nunca pensávamos coletar uma quantia dessas”, declarou Roland Jeanneret, porta-voz da Rede da Solidariedade. “Toda a nação se mobilizou. Ricos e pobres, jovens e velhos, todos partiparam”, acrescentou.

Novo recorde

As doações de quarta-feira ultrapassaram em muito os 22 milhões de francos coletados depois das intempéries de outubro de 2000, na Suíça. Na época, as doações totalizaram 74 milhões, aplicados na reconstrução do vilarejo de Gondo, no cantão de Walis (sudoeste da Suíça).

Toni Frisch, chefe da Unidade Suíça de Ajuda Humanitária (CSA), atualmente no Sri Lanka, considerou a coleta de quarta-feira como “sansacional”, explicando que esse dinheiro permite agir a curto, médio e longo prazo na região.

Luto nacional

Ainda na quarta-feira, mais de 1.200 pessoas participaram de uma cerimônia fúnebre nacional na catedral de Berna, capital suíça. O altar estava repleto de flores brancas, cor do luto na Ásia, e o presidente em exercício, Samuel Schmid, apresentou suas condolências aos familiares das vítimas.

“Esse luto é ainda mais difícil porque a morte ficará freqüentemente invisível aos olhos dos parentes pois muitas vítimas desapareceram para sempre entre as águas”.

Acrescentou ainda que “a tristeza não deve triunfar e sim dissipar-se com a nosa solidariedade na reconstrução”.

“Olhemos para a vida”

«A morte faz parte da vida. Na vizinhança da morte, somos destinados a viver”, disse ainda em seu discurso o presidente suíço, dirigindos-se às famílias das vítimas. “Não devemos ser dominados pelo luto, olhemos para vida”, concluiu Samuel Schmid.

Outros dois ministros participaram da cerimônia (Joseph Deiss – Economia – e Micheline Calmy-Rey – Relações Exteriores), além de representantes de todos os cantões e do corpo diplomático.

Dificuldades logísticas

Nos países sinistrados, a distribuição da ajuda humanitária de urgência continua, apesar das dificuldades logísticas.

Dez dias depois da catástrope, apenas um quarto da população sobrevivente teve acesso à ajuda alimentar, segundo o Programa Alimentar Mundial, órgão da ONU.

Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), o mais urgente é fornecer água potável. A estimativa é que a vida de 150 mil pessoas está ameaçada.

O balanço provisório de mortes é de 150 mil mas milhares de pessoas estão desaparecidas.

swissinfo com agências

O sismo de 26 de dezembro perto da ilha indonésia de Sumatra atingiu 9 pontos da escala de Richeter, cujo máximo é 10.
O balanço provisório é de 150 mil mortos e 2 milhões de pessoas desabrigadas.
Entre os suíços, 23 corpos foram identificados e há 500 pessoas desaparecidas.

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