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Mais um peixe graúde envolvido no escândalo Elf

Edith Cresson teve que se demitir da Comissão Européia em março 1999 por irregularidades. Keystone

O escândalo relacionado com fraudes na compra da refinaria Leuna e da distribuidora Minol, na ex-Alemanha do Leste, já implicou ex-chanceler e ex-ministro da Economia franceses. Edith Cresson, ex-primeira-ministra da França, também estaria envolvida.

Edith Cresson deverá explicar-se sobre uma soma de 1,8 milhões de francos franceses – cerca de 240 mil dólares – depositados na Suíça.

Veio a público a decisão do juiz Paul Perraudin, de Genebra – encarregado pela empresa Elf de investigar o caso – de transmitir à justiça francesa na semana passada documentos que estabelecem laços entre Elf e a empresa Sisie (Services Stratégies International et Environnment) criada por Edith Cresson.

Sisie encarregou durante 16 meses (1993-94) duas pessoas, uma a tempo parcial e outra a meio período, de procurar uns 60 terrenos, na saída oeste da cidade de Camburgo (Turíngia) e numa badalada rua de Grimma (Saxe).

O juiz Perraudin questiona se esse trabalho valia ou não 1,8 milhão de francos franceses, soma que foi depositada na Suíça em 3 parcelas por Elf International, instalada em Genebra.

A registrar que o rumoroso escândalo já envolveu o ex-ministro francês das Relações Exteriores, Roland Dumas, o poderoso ex-ministro da Economia, Dominique Strauss-Kahn e agora a ex-primeira ministra Cresson, todos do gabinete de François Mitterrand.

Assinale-se também que em janeiro o juiz de Genebra que investiga esse escândalo envolvendo Elf, estatal francesa do petróleo, expediu mandado de prisão contra 3 executivos da empresa, acusados de fraudes na compra da refinaria Leuna e de sua distribuidora Minol: Hubert Le blanc-Bellevaux e Alain Guillou (resp. encarregado de missão e diretor do setor de refino da Elf-Aquitaine) e Alfred Sirven (ex-presidente do setor internacional da empresa, sediado em Genebra).

Prisão foi também pedida contra o empresário André Guelfi.
Todos suspeitos de envolvimento na maracutaia.

J.Gabriel Barbosa / Ian Hamel

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