Friburgo diz não ao salário mínimo
O cantão de Friburgo rejeitou a proposta de estabelecer um salário mínimo de CHF 23 por hora (cerca de R$ 150), decisão apoiada pelo governo local, que vê a medida como um risco para a economia regional.
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No domingo, os eleitores suíços do cantão de Friburgo rejeitaram uma iniciativa da esquerda e dos sindicatos que exigia a introdução de um salário mínimo. No total, 53,54% votaram contra, com uma participação de 40,6%. A iniciativa foi contestada pelas autoridades e pelos círculos empresariais.
A iniciativa legislativa intitulada “Por um salário mínimo” visava consagrar na Lei do Emprego e do Mercado de Trabalho um salário mínimo obrigatório de CHF 23 (R$ 150) por hora, ou CHF 4.000 por mês. O objetivo do comitê da iniciativa era claro: “Permitir que todos os funcionários ganhem um salário digno”.
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O governo cantonal, no entanto, adotou a posição contrária, considerando a introdução de um salário mínimo legal para maiores de 18 anos uma ameaça à economia de Friburgo. O governo considerou a iniciativa “extrema”, argumentando que a introdução de tal instrumento poderia “perturbar o bom funcionamento do mercado de trabalho”.
Se tivesse aceitado a iniciativa, o cantão de Friburgo teria se tornado apenas o sexto cantão da Suíça a introduzir um salário mínimo, depois de Neuchâtel, Jura, Genebra, Ticino e a Cidade da Basileia.
Adaptação: Fernando Hirschy
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