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Cerca de 60% de todas as notas suíças ficam guardadas

O número de notas de 1000 francos suíços que são guardadas em vez de serem usadas na economia pode chegar a 87%, como mostra um estudo do banco central suíço (SNB).

Este conteúdo foi publicado em 12. julho 2019 minutos
Apresentação da nova versão da nota de CHF 1000, em março de 2019 © Keystone / Ennio Leanza

O relatórioLink externo, "Demanda de notas suíças: novas evidências", estima o volume de notas suíças escondidas - em vez de gastas ou investidas - durante o período 1950-2017.

Os resultados mostram que uma proporção muito maior do que se pensava anteriormente poderia estar guardada, especialmente a nota de CHF1000 (US$1013) - uma das notas mais valiosas do mundo.

Dependendo do método de estimativa utilizado, a quantidade de tais notas guardadas embaixo do colchão (ou em qualquer outro lugar) fica entre 79% e 89% em 2017. Cerca de 42-60% das notas de CHF200 foram guardadas, e 8-16% das notas de CHF100.

A média para todas as cédulas foi de cerca de 60%, mostrando que cerca de dois terços das notas postas em circulação não estão sendo utilizadas na economia real.

Uso criminoso

Em um artigo sobre o estudo, o jornal Tages Anzeiger, de Zurique, disse que o resultado é uma má notícia para o SNB, que tem defendido que uma preferência dos suíços por pagar em dinheiro - mesmo com a nota de 1000 - justifica a continuação da impressão de valores tão altos.

E embora o jornal não tenha especulado sobre o porquê nem onde o dinheiro estava sendo guardado, os críticos das cédulas de alto valor advertiram que elas são preferidas por organizações criminosas ansiosas em operar sem deixar vestígios.

O relatório também mostrou que os níveis de esconderijo variam ao longo do tempo. “As ações de entesouramento aumentaram com o desmembramento do sistema de Bretton Woods, elas eram comparativamente baixas em meados da década de 1990 e aumentaram significativamente desde a virada do milênio e as recentes crises financeiras e econômicas", disseram os economistas responsáveis pelo estudo.

Em comparação, em abril, as economias da zona euro despediram-se da nota de 500 euros; nos EUA, a nota de maior valor em circulação é de 100 dólares.


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