Empresas suíças enfrentam problemas nas cadeias de abastecimento
Perturbações nas cadeias globais de suprimentos começam a ser repassadas aos consumidores. Algumas empresas analisam a possibilidade de reduzir o número de horas de trabalho do pessoal, advertindo que a situação pode ter conseqüências negativas para a economia.
A Federação das Empreas Suíças (Economiesuisse) divulgou um estudoLink externo realizado através do questionamento de 237 empresas. A maioria (80%) respondeu que o fechamento de portos em muitas partes do mundo dificultou seus negócios.
Além de cancelar alguns pedidos e, portanto, perder vendas, cerca da metade das empresas pesquisadas disse já ter repassado o aumento dos custos de entrega aos consumidores. Nos próximos seis meses, mais empresas afirmaram que tomariam medidas semelhantes.
"Os representantes da indústria esperam um aumento de preços de cerca de cinco por cento dentro dos próximos seis meses", publicou a federação. "Mesmo que parte da pressão de preços possa ser absorvida, os problemas com cadeias logísticas estagnadas e componentes em falta serão cada vez mais sentidos pelos consumidores."
Os produtos que mais faltam no mercado atualmente são madeira, aço, alumínio, semicondutores, plásticos e produtos químicos. Os problemas da cadeia de suprimento começaram na Ásia e agora se apresentam na Europa.
A situação se agrava também devido ao aumento dos preços da energia, seja gás ou petróleo. O risco de inflação é concreto, adverte Economiesuisse.
"É um desenvolvimento perigoso que pode reduzir significativamente as perspectivas econômicas para 2021. As indústrias afetadas não esperam que os problemas de entrega diminuam a partir de 2022.

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