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Começa julgamento bilionário contra o UBS em Paris

O banco UBS está sendo processado por atividades ilícitas na França entre 2004 e 2011. Keystone

Uma investigação abrangente das atividades do banco UBS, acusado de fraude fiscal e lavagem de dinheiro, está sendo julgada em Paris hoje. O banco arrisca receber uma multa de até € 5 bilhões (CHF 5,7 bilhões).

Este conteúdo foi publicado em 08. outubro 2018
SDA-ATS/Reuters

O julgamento começa agora após anos de investigações sobre as atividades francesas do banco suíço, e depois que abortaram as negociações para um acordo, nas quais as autoridades fizeram uma oferta de multa no valor de € 1,1 bilhão.

O julgamento envolve o grupo central do UBS, sua unidade francesa e seis altos executivos. As acusações se concentram em fraudes fiscais agravadas, lavagem de dinheiro e solicitação ilegal de clientes franceses no período entre 2004 e 2011.

Os seis indivíduos incluem o ex-número dois do UBS France, Patrick de Fayet, e o ex-executivo do UBS Raoul Weil, que foi absolvido da acusação de ajudar a evasão fiscal maciça nos EUA em 2014. Weil subsequentemente afirmou ter sido tratado como um "bode expiatório".

Um processo judicial similar nos EUA em 2009 obrigou o banco a aceitar um acordo de US$ 780 milhões (CHF 774 milhões); A Alemanha multou o UBS em 300 milhões de euros em 2014.

Depois de recusar um acordo na França, o banco pretende lutar durante o julgamento. "Após mais de seis anos de procedimentos legais, finalmente teremos a oportunidade de responder às alegações infundadas", disse um porta-voz à agência de notícias Reuters.

Para casos de lavagem de dinheiro, o direito penal francês permite multas de até metade do valor lavado. Neste caso, os promotores estimam que € 8-10 bilhões foram escondidos do fisco pelo UBS.

O julgamento deve durar seis semanas, e os estágios iniciais provavelmente se concentrarão em detalhes técnicos levantados por advogados de defesa.

Bancos suíços penalizados

Vários bancos suíços foram multados por autoridades estrangeiras na última década, especialmente nos EUA, desde que a crise financeira e as novas regras de evasão fiscal estimularam um exame mais rigoroso das práticas internacionais.

Em 2013, um acordo entre a Suíça e os EUA estabeleceu as bases para um acordo aos bancos da Suíça que permite aos transgressores chegar a um acordo financeiro para evitar processos criminais nos tribunais dos EUA.

Os bancos suíços foram classificados em quatro categorias: categoria 1 eram os bancos que já estavam sob investigação, categoria 2 composta por bancos que queriam "limpar" suas atividades, enquanto as categorias 3 e 4 continham aqueles que não possuem nenhuma ação contra eles.

Cerca de 80 bancos suíços da categoria 2 pagaram mais de US$ 1,3 bilhão em multas para evitar processos judiciais. O Credit Suisse, um banco da categoria um, foi multado em mais de US$ 2,5 bilhões em 2014. Alguns ainda não chegaram a um acordo.

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