Perspectivas suíças em 10 idiomas

Navio suíço escapa de ataque de piratas

O navio suíço "Turicum" foi atacado por piratas. Reederei Zürich

O navio mercante suíço „Turicum“ foi atacado por piratas no Mar Árabe, no Oceano Índico. O ataque ocorreu na última quarta-feira, mas ninguém saiu ferido, segundo informou Michael Eichmann, do Departamento Nacional de Abastecimento.

O ataque ao navio de porte médio, com capacidade para 47.640 toneladas, ocorreu cinco milhas marítimas a leste da área protegida pela operação “Atalanta”, comandada pela União Europeia.

A bordo do navio encontravam-se cerca de 20 tripulantes. O “Turicum” foi atacado por três botes e perseguido durante sete horas. Segundo Eichmann, com manobras de desvios e uso de lança-chamas, o capitão conseguiu se livrar dos piratas.

O navio de 190 metros de comprimento e 30,5 metros de largura, do armador Zürich, estava carregado de madeira e seu o casco estava bastante submerso. “Por isso, ele foi uma vítima ideal”, disse Eichmann. O armador não quis se manifestar sobre o incidente.

Em 2009, duas dúzias de navios mercantes suíços cruzaram o Golfo de Aden, a maioria sem problemas. Segundo Eichmann, em apenas um navio que seguia à frente de um cargueiro suíço foi atacado por piratas.

No ataque ao navio “Silvretta”, perto da costa da Nigéria, na altura da capital Lagos, em 30 de outubro do ano passado, nove dos 24 tripulantes foram levemente feridos.

Suíça não participa da “Atalanta”

O número de ataques de piratas diminuiu graças à operação “Atalanta” e à consequente presença de navios de guerra na região. Nas últimas semanas, porém, voltaram a ocorrer mais ataques, disse Eichmann. O mar calmo facilita a vida dos piratas, explicou.

O Parlamento suíço decidiu em 24 de setembro de 2009 que o país não participaria da missão “Atalanta”. Estava previsto o envio de 30 soldados suíços até meados de 2010 para a proteção de navios da Organização das Nações Unidas (ONU) que transportam alimentos, bem como para a proteção de navios mercantes suíços.

Eichmann ressaltou que os armadores suíços seguem rigorosamente as determinações da operação “Atalanta”. Além disso, os navios estariam preparados para medidas de defesa passiva. A frota de alto-mar da Suíça é composta por 35 navios mercantes e um navio-escola (leia mais no link acima).

swissinfo.ch com agências

A Suíça é o país não marítimo com a maior frota mercante do mundo.

Trinta e cinco navios de carga, porta-contêiners, petroleiros e de transporte de produtos químicos têm pavilhão suíço. No total, esses navios podem transportar mais de um milhão de toneladas.

Entre os 600 marinheiros que trabalham nesses navios, há apenas seis suíços.

A frota mercante suíça tem uma importância econômica e estratégica essencial. Em tempos de paz, ela participa do transporte normal de mercadorias.

Em tempos de guerra ou de crise, a Confederação Helvética pode requisitar os navios no interesse do país.

A operação „Atalanta“, iniciada em dezembro de 2008, é a primeira missão marítima da União Europeia.

Seu objetivo é proteger as importantes rotas marítimas da Ásia através do Canal de Suez até a Europa contra piratas somalianos e também os navios da ONu que transportam alimentos para evitar uma catástrofe de fome na Somália.

Participam da missão a Alemanha, Bélgica, Espanha, França, Grécia, Holanda e Noruega.

Certificação JTI para a SWI swissinfo.ch

Mostrar mais: Certificação JTI para a SWI swissinfo.ch

Veja aqui uma visão geral dos debates em curso com os nossos jornalistas. Junte-se a nós!

Se quiser iniciar uma conversa sobre um tema abordado neste artigo ou se quiser comunicar erros factuais, envie-nos um e-mail para portuguese@swissinfo.ch.

SWI swissinfo.ch - sucursal da sociedade suíça de radiodifusão SRG SSR

SWI swissinfo.ch - sucursal da sociedade suíça de radiodifusão SRG SSR