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Chernobyl fecha. Os estragos continuam

Suíça doou mais de 4 milhões de dólares para reforçar a segurança em Chernobyl Keystone

O fechamento do último reator em funcionamento de Chernobyl, na Ucrânia, encerra um capítulo da tragédia de 1986 quando explodiu um reator da central nuclear . As conseqüências devem durar um século.

Sexta-feira, 15 de dezembro, marca o fechamento do último reator em atividade em Chernobyl na Ucrânia. O governo de Kiev, capital do país, aceitou condenar definitivamente a central nuclear em troca de 2,3 bilhões de dólares, fornecidos pelo G7, o grupo dos 7 países mais industrialializados.

Essa soma deve financiar a construção de 2 novos reatores na Ucrânia.

O fechamento definitivo da central de Chernobyl reativa na Europa más lembranças de há 14 anos. Em 26 de abril de 1986, o mais grave acidente nulcear de todos os tempos contaminava a maior parte da Europa, com conseqüências imediatas graves para as áreas mais próximas da central.

Os países mais atingidos foram Ucrânia, Bielorrússia e Rússia. Mas a núvem invisível que se espalhou contaminou bastante também países escandinavos, Polônia e Alemanha. E ainda sobrou para outros países como Benelux, Suíça, Áustria, França e mesmo Grécia.

Ninguém pode saber todos os efeitos nefastos da explosão que pela sua potência arrancou uma laje de cimento armado de 2000 toneladas. Especialistas da Ucrânia estimam que “nada se normalizará antes de um século”.

A imprudência, ligada a um perigo nuclear invisível, matou muita gente depois do drama. Os casos de leucemia se multiplicaram. Em países da Europa, há os que se interrogam até que ponto foram contaminados pelos produtos ingeridos.

Ainda hoje, o espectro de Chernobyl continua assustando. Mas o desastre pelo menos reativou e continua alimentando controvérsia sobrel a utilização do nuclear. E seus perigos.

swissinfo com agências.

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