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Clube suíço terá craques do Campus Pelé

Pelé e o administrador do Lausanne Sporst, François Laydu, no anúncio da parceria, em Genebra. Keystone

Pelé apresentou sexta-feira (09/02) em Genebra, um projeto que leva o seu nome, com a finalidade de preparar jovens jogadores brasileiros para o êxito no futebol europeu.

O Campus Pelé, que será construído em Jundiaí, no interior de São Paulo, precisou de uma montagem financeira complexa para financiá-lo e firmou um acordo com o Lausanne-Sport, que servirá de base para os futuros jogadores na Europa.

O Campus Pelé terá o objetivo de ensinar línguas estrangeiras a jovens jogadores brasileiros, além de prepará-los para administrar seu dinheiro. Dessa forma, espera-se que os atletas tenham melhor estrutura quando atuarem na Europa.

300 mil m2 e pedagogia

Ele explicou em Genebra que sempre recusou convites para ser treinador porque queria trabalhar com jovens. Uma primeira tentativa, anos atrás, foi feita pelo Rei através do FC Litoral, de Santos, clube que ainda detém e que participará do projeto. Outro clube associado no Brasil será o Paulista de Jundiaí. O Campus será construído numa área de 300 mil m2.

Na Europa, o clube associado será o Lausanne-Sport, clube centenário atualmente na segunda divisão (Challenge League). É para onde virão, inicialmente, os futuros craques do Campus Pelé.

Fundo de investimentos

O projeto está sendo estudado há mais de um ano e requereu a montagem de uma estrutura financeira relativamente complexa para financiá-lo, explicou a a swissinfo Venilton Tadini, coordenador do comitê de investimentos.

A Fator Asset Management, subsidiária no estrangeiro do Banco Fator, criou um fundo de investimentos em Luxemburgo chamado Sport Investiments. As cotas mínimas do fundo são de 200 mil dólares e já foram captados US 10 milhões, segundo Venilton Tadini. O objetivo é chegar a US 30 milhões em três anos. É com esses recursos que o Campus será construído e mantido.

Quando estiver em pleno funcionamento o Campus deverá acolher uma centena de jovens. A parte pedagógica ficará a cargo de um instituto especializado de Jundiaí. Pelé entrou com o Litoral FC e com o nome e será remunerado por isso, afirma Tadini.

Por que a Suíça

– Nos últimos dez anos, o faturamento na exportação de jogadores brasileiros foi de aproximadamente 1 bilhão de dólares. Cerca de 800 jogadores saem do Brasil todo ano mas 300 voltam, pri>ncipalmente porque não conseguem se adaptar, explica Tadini.

Ele observa também que geralmente os jogadores passam a ser muito valorizados na Europa quando transferidos de um clube para outro e, freqüentemente, em outro país. Os exemplos são muitos. A Sport Investiments também vai administrar a carreira dos futuros craques.

Mas o que explica o acordo com um clube suíço e justamente esse?

– Estudamos a estrutura do futebol em três países: Áustria, Bélgica e Suíça, em que os clubes não apenas compram craques mas também formam jovens jogadores. O mercado mais favorável que nos pareceu foi o da Suíça. E o Lausanne-Sport é um clube com tradição e com ênfase na formação. Além disso, está na Segunda Divisão, com aspirações de subir, e poderá tornar-se uma vitrina européia para nossos jovens, explica Venilton Tadini.

– É uma ganho extraordinário para o Lausanne-Sport mas também para a cidade de Lausanne e o Cantão de Vaud, declarou o administrador do Lausanne-Sport, François Laydu.

swissinfo, Claudinê Gonçalves

O Campus Pelé deverá formar jovens jogadores aptos a melhor se adaptarem ao futebol europeu. Para isso, terão cursos de línguas e de gestão.

O Campus será construído em jundiaí, interior de São Paulo, com três clubes parceiros: o Paulista de Jundiaí, o FC Litoral de Santos (criado por Pelé) e o Lausanne-Sport, na Suíça.

O clube suíço será uma porta de entrada na Europa para os futuros craques, que posteriormente seriam transferidos para outros clubes.

O financiamento do projeto será de um Fundo de Investimentos criado em Luxemburgo – Sport Investiment – pelo Fator Asset Management, subsidiária estrangeira do Banco Fator.

Já foram captados US 10 milhões e o objetivo é US 30 milhões nos próximos três anos. As cotas mínimas são de US 200 mil.

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